O universo de “Wicked” transcende a magia para explorar temas de exclusão e resistência, entrelaçando questões contemporâneas ao clássico mundo de Oz. Jon M. Chu transforma o fantástico em um espelho da realidade, conduzindo um elenco impecável em uma jornada que revisita traumas e escolhas. Visualmente deslumbrante, a narrativa provoca e cativa, ressignificando as lendas que há tanto habitam nosso imaginário.
Chris Pratt brilha como um improvável herói em uma luta épica pela sobrevivência da humanidade em “A Guerra do Amanhã”. Com viagens no tempo, alienígenas ameaçadores e tensão familiar, o filme mistura drama, ação e humor em uma narrativa visualmente arrebatadora que, mesmo com toques de familiaridade, cativa pela intensidade e pela força de seus personagens.
Dizer que um filme sobre as descobertas da infância é encantador pode soar ou redundante ou apressado, uma vez que o universo da criança se caracteriza pela magia, pelo sonho, mas também pelo confronto com a vida como ela é. Se, todavia, este é o critério, “Wicked” é mesmo um caldeirão de feitiços, um mais poderoso que o outro, e Jon M. Chu, um bruxo dos melhores. Baseado no romance homônimo de Gregory Maguire, de 1995, “Wicked” é uma prova de que bons enredos sobrepujam o correr dos anos, adaptando-se ao que plateias as mais heterogêneas querem deles, defeito que Chu usa a seu favor.
Entre o humor sagaz e o cotidiano transformado em arte, este filme captura a essência das relações humanas com um toque de charme e neurose. Explorando a dinâmica entre um comediante neurótico e uma jovem sonhadora, a obra transcende a narrativa tradicional ao fundir diálogos envolventes e o cenário icônico de Nova York, que se torna um personagem vivo. É um convite à introspecção embalada por humor e melancolia.
Um retrato afiado e multifacetado das desigualdades sociais, este filme conduz o espectador por uma trama que transita entre humor ácido e tensão crescente. Bong Joon-ho cria um marco histórico, unindo crítica social e excelência artística em uma narrativa que desafia convenções. Premiado com o Oscar de Melhor Filme e a Palma de Ouro, revela um mundo onde o consumo rege vidas e sonhos, sem respostas fáceis.
