O livro que fez Kafka chorar
Numa estrada empoeirada da Saxônia do século 16, um homem simples vê sua vida tranquila devastada pela arbitrariedade. Seus cavalos, sua dignidade, tudo lhe é arrancado pelas mãos da autoridade que deveria protegê-lo. Sua reação silenciosa cresce lentamente, consumindo-o até que a injustiça o torne incendiário. Um século depois, numa Praga escura e claustrofóbica, outro homem encontra no primeiro um espelho sombrio de seu próprio tormento. A burocracia kafkiana, as portas fechadas e os papéis inúteis se tornam metáforas vivas dos cavalos roubados. Entre eles, o desespero se repete, como se o tempo não fosse suficiente para apagar velhas injustiças.