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Paulo Rónai, a história do judeu húngaro que a cultura e o Brasil salvaram do nazismo

Paulo Rónai, a história do judeu húngaro que a cultura e o Brasil salvaram do nazismo

O judeu Pál Rónai nasceu na Hungria, em de abril de 1907, e renasceu Paulo Rónai no Brasil em 1941. Pál e Paulo são a mesma pessoa — o húngaro que se tornou brasileiro. “O Homem Que Aprendeu o Brasil — A Vida de Paulo Rónai” (Todavia, 379 páginas), de Ana Cecilia Impellizieri Martins, é um livro notável sobre um indivíduo que deve ser tratado como um homem-civilização.

Vidas Secas não é um livro sobre a seca no Nordeste, é uma metáfora sobre o homem

Vidas Secas não é um livro sobre a seca no Nordeste, é uma metáfora sobre o homem

Ao retratar as ilusões de uma família às voltas com mais uma estiagem no sertão, “Vidas Secas”, publicado em 1938, lamentavelmente, continua atual, mesmo passados mais de oitenta anos, oitenta mil promessas e as muito propaladas obras de transposição do curso do rio São Francisco para o semiárido nordestino. Seu autor, Graciliano Ramos, além de homem de letras, fora, ainda que por breve período, gestor público, decerto o político mais íntegro que o Brasil jamais conheceu.

Quatro romances para pensar o Brasil moderno

Quatro romances para pensar o Brasil moderno

Escrever ficção ou poesia no Brasil sempre teve o caráter de uma “literatura de dois gumes”. O escritor se vê diante do fardo de enfrentar, ao mesmo tempo, o fato estético e o fato histórico, conforme apontou Antonio Candido. Algo diferente de outros lugares do mundo. Ninguém pensaria em ler Flaubert para explicar a França ou Goethe para entender o destino da Alemanha. Mas, por aqui e na América Latina, o artista é chamado a encarar, constantemente, a vida concreta e a “estilizar” a realidade em suas obras.