Jennifer Lawrence comanda a cena em “Que Horas Eu Te Pego?”, uma comédia ousada e recheada de humor irreverente. No papel de Maddie, uma motorista endividada que aceita um trabalho inusitado para sair da crise, Lawrence oferece um desempenho cativante e hilário. A trama mistura sátira social e situações absurdas, enquanto a atriz brilha com sua impecável sintonia para a comédia.
Revisitar a obra quase duas décadas após seu lançamento é um exercício revelador. Suas imperfeições tornam-se mais aparentes, mas também é possível apreciar com maior profundidade suas qualidades. Em um mundo constantemente desafiado por incertezas, a mensagem central do filme permanece resiliente: sempre existe a possibilidade de recomeçar, de se abrir para descobertas inesperadas e de encontrar diferentes formas de amor — seja pelo outro ou por si mesmo.
Quanto mais rico é um país, mais inimigos atrai. O poder é quem dá as cartas em quase todas as relações humanas, e como droga perigosa que é, tem efeitos colaterais arrebatadores. “Invasão ao Serviço Secreto” é dessas produções fetichistas, muito próprias de Hollywood, em que cabe a um mocinho atormentado salvar sua terra de algozes invejosos, ressentidos, ao passo que questões acerca da condução da política internacional americana, sobretudo as que tocam à defesa do território e da soberania, vêm à baila estouvadamente.
O faroeste ganha nova dimensão com este drama intenso, onde a estética do Velho Oeste molda dilemas universais. Elizabeth Brundy, uma mulher marcada por segredos, enfrenta a chegada de um reverendo enigmático que desestabiliza sua rotina. Com uma narrativa construída em capítulos bíblicos, o filme revela como desejos reprimidos e confrontos morais podem destruir ou redimir, enquanto mantém a tensão até seu desfecho arrebatador.
Em uma jornada marcada por silêncios e palavras não ditas, Yûsuke Kafuku, ator e diretor de teatro, confronta suas dores mais íntimas após a ausência da esposa. Inspirado por um conto de Murakami, o filme de Hamaguchi equilibra poesia e introspecção, entrelaçando vidas quebradas com referências ao teatro de Chekhov. Nesse confronto entre o passado e o presente, surgem brechas para a renovação e o inesperado.
