Arrepiante, lindo e imprevisível, romance filosófico na Netflix é uma obra-prima perturbadora
O canadense Kim Nguyen isola os protagonistas de “Corações Gelados” na vastidão branca da neve de Iqaluit, no extremo norte de seu país, a fim de conseguir tirar deles o sumo da amargura de que só mesmo o amor e todas as suas muitas derivações são capazes, movimento perigoso, que poderia ter resvalado num dramalhão sem volta. Contudo, a força da história — mormente a força da história que não se mostra — nunca arrefece, indo, aliás, na contramão das expectativas