Muitos filmes conquistam o Oscar, brilham nas manchetes, emocionam plateias e depois parece desaparecer na névoa da memória coletiva. A velocidade com que novas produções surgem, associada à avalanche de lançamentos em streaming, faz até com que vencedores do Oscar sejam relegados a um esquecimento curioso. Resgatar essas obras é também resgatar um pedaço da história recente do cinema.
A ida ao Nepal para espalhar as cinzas do irmão prende o protagonista a um ônibus turístico perseguido por mercenários na chamada Estrada para o Céu. O luto deixa de ser tema abstrato e guia escolhas imediatas, sempre ligadas à proteção dos passageiros e ao avanço até o destino. Com a guia Dhani ao lado, a narrativa opera por objetivos claros, consequências diretas e tensão escalonada em trechos sucessivos.
O filme privilegia o ponto de vista de Ellen, mulher que tenta decifrar sinais contraditórios enquanto o marido se ausenta e um Conde impõe presença por pressão constante. Sem atalhos de citação, a trama monta a escalada do assédio emocional, prepara consequências e encontra coerência em cada escolha dos personagens, da primeira cortesia à decisão que redefine o destino de todos.
A Netflix adicionou à sua programação a trilogia dirigida por Steven Soderbergh, com Brad Pitt e George Clooney à frente do elenco. Lançados entre 2001 e 2007, “Onze Homens e um Segredo”, “Doze Homens e Outro Segredo” e “Treze Homens e um Novo Segredo” compõem um conjunto que consolidou a parceria dos atores e marcou uma fase do cinema de entretenimento no início do século. A chegada em bloco ao streaming permite rever os títulos em sequência e reavaliar sua organização narrativa.
Nem sempre queremos mergulhar em narrativas densas ou em dramas de cortar o coração. Às vezes, tudo o que precisamos é de uma história leve, divertida e envolvente, capaz de nos arrancar sorrisos e nos fazer relaxar depois de uma semana intensa. O cinema tem esse poder de equilibrar emoção e entretenimento, criando experiências que tocam o espectador sem exigir tanto esforço interpretativo. São filmes que, ainda que possam trazer reflexões sutis, priorizam o ritmo ágil, o humor afiado e os personagens carismáticos.
