Filmes

10 vezes em que o cinema provou que Deus está morto (e ninguém avisou o roteirista)

10 vezes em que o cinema provou que Deus está morto (e ninguém avisou o roteirista)

No século 19, Friedrich Nietzsche (1844-1900) matou Deus. Claro que essa foi mais uma das tantas provocações do filósofo alemão, um pessimista bastante peculiar, o pessimismo dionisíaco, que enxergava o sofrimento como parte indissociável da jornada do homem neste plano no qual residia a força mesma para vencê-lo. Em muitas circunstâncias, o cinema, como manifestação artística e prática cultural, não só ecoa o clamor nietzschiano como o ratifica ao ressaltar uma certa apatia do Todo-Poderoso frente à barbárie. É o que consta da nossa lista, de dez filmes que duvidam da eterna compaixão divina.

3 séries novas na Netflix para conhecer Macall Polly / Netflix

3 séries novas na Netflix para conhecer

Imagine você abrindo a Netflix numa terça-feira qualquer, só pra dar “aquela olhadinha” rápida — e, de repente, três horas depois, já está debatendo com seu cachorro se a fotografia daquela série nórdica realmente transmite angústia existencial ou só preguiça de ligar as luzes. É isso que acontece quando séries novas pousam no seu feed com cara de quem só quer conversar, mas acabam te sequestrando emocionalmente.

O drama francês que emocionou Cannes chega ao Brasil e está partindo corações em silêncio Divulgação / Gaumont

O drama francês que emocionou Cannes chega ao Brasil e está partindo corações em silêncio

Ambientado no pós-guerra francês, “É Tempo de Amar” explora os abismos entre desejo e convenção a partir da união de uma mãe solteira marcada pela vergonha e um jovem intelectual dividido entre o afeto e a repressão. Com imagens que oscilam entre o lirismo e o desconforto, Katell Quillévéré conduz um drama íntimo e pungente sobre as camadas de silêncio, culpa e sobrevivência que sustentam o que se chama de amor.

Quando o crime vira poesia: por que Sin City continua cult — e ainda incomoda 20 anos depois? Divulgação / Dimension Films

Quando o crime vira poesia: por que Sin City continua cult — e ainda incomoda 20 anos depois?

Violento até o osso e estilizado como uma HQ viva, “Sin City: A Cidade do Pecado” transforma o submundo noir em um espetáculo visual de brutalidade ritualizada. Dirigido por Robert Rodriguez e Frank Miller, com participação de Quentin Tarantino, o filme mergulha em vinganças febris, moralidades corrompidas e uma estética de alto contraste que redefine os limites do cinema adaptado de quadrinhos com ousadia gráfica e uma atmosfera densa e hipnótica.

O maior fracasso da carreira de Robert De Niro chega ao streaming brasileiro após fracassar nas bilheteiras em 2025 Divulgação / Warner Bros.

O maior fracasso da carreira de Robert De Niro chega ao streaming brasileiro após fracassar nas bilheteiras em 2025

Em “The Alto Knights”, Barry Levinson convoca Robert De Niro para um duelo interno entre dois titãs da máfia: Frank Costello e Vito Genovese. Com um pé na nostalgia e outro no artifício, o filme revisita códigos do gênero enquanto tenta se equilibrar entre a elegância de um e a fúria do outro, apostando na dualidade como motor dramático e na memória como território de disputa. Um jogo de espelhos onde a repetição ecoa mais alto que a reinvenção.