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O retrato mais honesto do amor adulto que o cinema italiano já fez agora na Netflix Divulgação / Fandango

O retrato mais honesto do amor adulto que o cinema italiano já fez agora na Netflix

Gabriele Muccino descortina com a dose certa de leveza a obrigação da felicidade em “O Último Beijo”, uma trama divertida sobre assuntos muito sérios. Muccino joga luz na sombra da tragédia que habita toda relação amorosa, valendo-se de casais jovens e experientes, cada qual em sua luta para saber se o amor continua mesmo uma força da natureza. Mas esse enigma não é tão simples de ser decifrado.

Estreou hoje na Netflix o filme de Natal mais aconchegante e emocionante do ano — impossível não se apaixonar Rob Baker Ashton / Netflix

Estreou hoje na Netflix o filme de Natal mais aconchegante e emocionante do ano — impossível não se apaixonar

Em “Feliz Assalto!” há lugar para romance, sim, mas só depois das tantas confusões que soem tomar corpo nessas narrativas, conduzidas com destreza por Michael Fimognari. O diretor junta dois tipos com os quais ninguém se importa num plano de vingança que, em tornando-se concreto, ainda vai lhes garantir uma fortuna. As roteiristas Abby McDonald e Amy Reed fazem dos criminosos que protagonizam o filme um modelo de virtude, com travessuras ingênuas em meio ao pântano moral que os cerca.

O filme italiano na Netflix que captura a sensação de estar perdido aos 30 como nenhum outro Divulgação / Fandango

O filme italiano na Netflix que captura a sensação de estar perdido aos 30 como nenhum outro

A sensação de assistir “O Último Beijo” é a de acompanhar um grupo de adultos jovens que se movem como se tivessem sido convocados a um ritual de passagem para o qual ninguém se sente preparado. Cada gesto parece carregado de uma urgência infantil, como se a própria noção de responsabilidade fosse uma língua estrangeira aprendida às pressas. A trama conduzida por Gabriele Muccino não se contenta em sugerir a ansiedade do início da vida adulta; ela a escancara por meio de personagens que oscilam entre o desejo de estabilidade e a tentação permanente de fugir de tudo, inclusive deles mesmos.

Suspense na Netflix que não vai subestimar sua inteligência e ainda vai te deixar sem ar Divulgação / Screen Gems

Suspense na Netflix que não vai subestimar sua inteligência e ainda vai te deixar sem ar

A tensão que estrutura “Desaparecida” se forma desde o primeiro minuto, quando June, interpretada por Storm Reid, percebe que a mãe, Grace (Nia Long), não retornou da viagem romântica para a Colômbia com Kevin (Ken Leung). A narrativa se organiza a partir desse ponto de ruptura, transformando o cotidiano digital da personagem em ferramenta de investigação. Cada aba aberta, cada acesso a contas esquecidas e cada fragmento de informação recuperada compõem o processo pelo qual ela tenta recompor o trajeto dos desaparecidos.

O filme que reergueu o cinema nacional e rompeu um silêncio de 30 anos no Oscar está no Prime Video Divulgação / Paramount Home Entertainment

O filme que reergueu o cinema nacional e rompeu um silêncio de 30 anos no Oscar está no Prime Video

Houve um tempo em que admitir o fracasso de um casamento era aceitar tacitamente uma infelicidade sem solução, porque ninguém digno de respeito sairia de casa por amor — isto é, pela falta dele —, e assim “O Quatrilho” começa a dizer a que veio. A história dos dois casais de colonos italianos que vão morar sob o mesmo teto e acabam percebendo que devem trocar de parceiros entre si, qual no jogo de cartas de mesmo nome, correu mundo e chamou a atenção da Academia, chegando a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional. Mas este é um passado distante.