Jorge Amado e a volta da narrativa da nação
A obra de Jorge Amado ocupou ao longo de décadas uma posição curiosa na literatura brasileira. Simultaneamente foi consagrada pelo grande público e tratada com reticência por boa parte da crítica. Os romances conquistaram leitores aqui e em todo o mundo, mas, em muitos círculos intelectuais, eram vistos como folclorizantes, populistas ou datados por conta do viés político. A situação tem mudado sob novas lentes, com reconhecimento de sua importância histórica e o resgate da proposta narrativa. Um projeto literário que, no fundo, sempre enfrentou o desafio de imaginar o Brasil enquanto nação.




