Quando a arte imita a vida — drama com Scarlet Johansson desnuda as emoções e expõe fragilidade do amor, na Netflix Divulgação / Netflix

Quando a arte imita a vida — drama com Scarlet Johansson desnuda as emoções e expõe fragilidade do amor, na Netflix

Em “História de um Casamento”, Noah Baumbach desafia a lógica maniqueísta que tantas vezes permeia narrativas de separação. O que poderia soar como mais um registro dramático do desmonte conjugal torna-se, sob sua direção precisa e sensível, uma autópsia emocional que examina os cacos de um vínculo em decomposição sem recorrer à vilanização ou idealização dos envolvidos. O filme caminha sobre a corda bamba entre a ternura e o rancor, revelando como o amor pode, paradoxalmente, sobreviver mesmo após sua ruptura formal — não como sentimento romântico, mas como resíduo afetivo, incômodo e persistente.

Último dia para ver na Netflix o faroeste alucinante indicado por Tarantino — que ele afirma ter visto mais de 10 vezes Divulgação / Universal Pictures

Último dia para ver na Netflix o faroeste alucinante indicado por Tarantino — que ele afirma ter visto mais de 10 vezes

Num faroeste deformado por pactos sombrios e rixas familiares, um fora da lei volta dos mortos com um único propósito: ajustar contas com os que o traíram. “Inferno no Faroeste” transforma vingança em ritual, misturando bangue-bangue brutal, teatralidade infernal e ecos de exclusão social. Roel Reiné encena uma epopeia insana onde cada bala carrega o peso do além.

Com 98% de aprovação, o filme indicado ao Oscar 2025 chegou à Netflix para acabar com você — no melhor sentido Divulgação / Well Go USA Entertainment

Com 98% de aprovação, o filme indicado ao Oscar 2025 chegou à Netflix para acabar com você — no melhor sentido

Filhos crescem e não têm vontade alguma de renunciar a seu quinhão de mundo; pais por sua vez sentem-se perdidos em meio à cornucópia de transformações que interferem na sua própria maneira de levar o que resta-lhes de vida, e esse compasso acaba por desaguar num caos de proporções inéditas e desafiadoras. O cinema tailandês é pródigo em fazer das esquisitices nossas de cada dia filmes cheios de revelações nada óbvias quanto ao modo tão pouco cortês de que lança mão o existir para afogar-nos no oceano de rancor que nós mesmos criamos, e “Como Ganhar Milhões Antes que a Vovó Morra” é um belo exemplo.

Mario Vargas Llosa morreu. E com ele, a última ilusão da América Latina

Mario Vargas Llosa morreu. E com ele, a última ilusão da América Latina

Poucos escritores viveram tantas vidas quanto Mario Vargas Llosa. Foi revolucionário e liberal, herói e herege, amante escandaloso e pensador incômodo. Sua morte encerra não apenas uma era literária, mas um modo de pensar — movido por contradições, mas nunca pela covardia. Cada ruptura que protagonizou, ele também escreveu. E cada ideia que abandonou, ele levou até o limite antes de descartá-la. Vargas Llosa foi mais do que um autor: foi um campo de batalha entre o desejo e a dúvida, entre o real e o justo. Agora que se foi, resta-nos reler — não por saudade, mas por necessidade.

A obra-prima do cinema dinamarquês que venceu o Oscar e conquistou o mundo com uma das cenas mais icônicas, na Netflix Divulgação / Samuel Goldwyn Film

A obra-prima do cinema dinamarquês que venceu o Oscar e conquistou o mundo com uma das cenas mais icônicas, na Netflix

“Druk — Mais Uma Rodada” é uma reflexão filosófica e existencial que ultrapassa as camadas superficiais da abordagem dos abusos de álcool. Sob a direção de Thomas Vinterberg, o filme se afasta das leituras tradicionais que ou glorificam ou condenam o álcool, conduzindo o espectador por uma jornada de autodescoberta e reflexão.