“Amizade Colorida” é um mergulho contemporâneo nas comédias românticas de Hollywood, colocando em cena personagens que, apesar de desfrutarem de sucesso, beleza e conforto financeiro, continuam a ser assolados por dilemas profundamente humanos. A história, dirigida por Will Gluck, segue a linha do que ele já havia apresentado em “Pelas Garotas e Pela Glória” (2009), mas com uma abordagem mais madura. Gluck explora a ideia de que, mesmo em meio a uma aparente autossuficiência e independência emocional, os protagonistas se encontram vulneráveis a sentimentos imprevisíveis que os desestabilizam.

Em “Drive My Car”, Ryûsuke Hamaguchi conduz uma exploração profunda e delicada sobre perda, arrependimento e transformação. A história segue Yûsuke Kafuku, um ator e diretor de teatro que, após uma tragédia pessoal, se vê diante da tarefa de montar uma adaptação de “Tio Vanya”. Em meio a ensaios e diálogos silenciados pela dor, a chegada de Misaki, sua jovem motorista, desperta em Kafuku uma inesperada oportunidade de enfrentar os segredos e traumas que o assombram.

Tripp é um charmoso solteirão de 35 anos que ainda mora com os pais e não tem planos de mudar essa situação confortável. Para evitar relacionamentos sérios, ele usa uma estratégia infalível: levar suas namoradas para casa e deixar que elas descubram seu “segredo”. Porém, quando os pais decidem contratar Paula, uma especialista em ajudar jovens adultos a saírem do ninho, Tripp se vê envolvido em um jogo inesperado, onde as regras do amor podem virar sua vida de cabeça para baixo.

Baseado em uma história real, “A Trincheira Infinita” explora a vida de Higinio Blanco, opositor do regime de Francisco Franco na Espanha, que, para escapar da repressão, é forçado a viver escondido em sua própria casa por 33 anos. O filme, dirigido por Jon Garaño, Aitor Arregi e Jose Mari Goenaga, retrata a luta silenciosa pela sobrevivência durante a ditadura, capturando o medo, a resistência e os desafios de um homem que enfrenta o isolamento em meio a um regime opressor.

Em “Amor em Águas Turvas”, o diretor Yûsuke Taki explora os limites do suspense ao combinar mistério e romance a bordo de um cruzeiro de luxo. A trama envolve o assassinato de um milionário, enquanto os passageiros, incluindo um mordomo dedicado e uma mulher enigmática, lidam com segredos e relações inesperadas. Inspirado na tensão de Hitchcock, o filme provoca questionamentos não só sobre o culpado, mas também sobre o poder das conexões humanas em meio ao perigo.