A mulher que fez a poesia persa sangrar, mudou um país e morreu aos 32
Ela escreveu com o corpo e pagou o preço. Em Teerã, a vida curta de Forugh Farrokhzad incendiou a linguagem com desejo, risco e precisão. Fez cinema entre feridas e cadernos de caligrafia, adotou um menino numa margem que o país queria esquecer, enfrentou censura, rumor e solidão. Morreu jovem; os poemas ficaram. Nas ruas, quando a coragem exige palavra, sua voz retorna como faísca. Ler Forugh hoje é respirar fundo: um método de atenção, uma forma de coragem, um país possível que insiste em sobreviver ao silêncio de estado.