Suspense de Gore Verbinski com Mia Goth, na Netflix, arranca você da zona de conforto e não devolve Divulgação / Twentieth Century Fox

Suspense de Gore Verbinski com Mia Goth, na Netflix, arranca você da zona de conforto e não devolve

A paisagem inicial de A Cura parece construída para desorientar. A inquietação se instala antes mesmo que Lockhart, interpretado por Dane DeHaan, desembarque no sanatório alpino onde sua empresa o envia para recuperar o CEO ausente. O que começa como um deslocamento breve se converte em um percurso sem retornos fáceis, e a disciplina narrativa adotada por Gore Verbinski conduz cada etapa desse processo com uma rigidez perturbadora.

Drama com Joel Edgerton e Felicity Jones que acaba de chegar à Netflix e é um soco emocional no estômago Divulgação / Black Bear

Drama com Joel Edgerton e Felicity Jones que acaba de chegar à Netflix e é um soco emocional no estômago

Atravessar o território emocional de “Sonhos de Trem” é como embarcar num vagão antigo que insiste em lembrar ao passageiro que o movimento nunca é apenas deslocamento: é uma prova silenciosa de que viver implica enfrentar forças que não controlamos. A direção de Clint Bentley se apoia nessa lógica quase ritualística ao acompanhar Robert Grainier, interpretado por Joel Edgerton, um lenhador dedicado ao trabalho na ferrovia em 1917.

Acabou de estrear hoje na Netflix: uma jornada sci-fi brutal em um planeta cheio de predadores pré-históricos Divulgação / Sony Pictures Releasing

Acabou de estrear hoje na Netflix: uma jornada sci-fi brutal em um planeta cheio de predadores pré-históricos

Renúncias pautam o relacionamento de pais e filhos, premissa a que Scott Beck e Bryan Woods adicionam uma larga dose de fantasia delirante em “65 — Ameaça Pré-Histórica”. Roteiristas dos longas da série “Um Lugar Silencioso” (2018-2024), levados à tela por John Krasinski e Michael Sarnoski, e diretores do aclamado “Herege” (2024), Beck e Woods acertam e erram em diversos pontos, convictos do potencial da história que têm a apresentar, mas são batidos por um opositor inclemente.

Vendido pelo próprio pai. Libertou mais de 500 pessoas. E o Brasil tentou apagá-lo da memória

Vendido pelo próprio pai. Libertou mais de 500 pessoas. E o Brasil tentou apagá-lo da memória

Na corte do Império brasileiro, um ex-escravizado negro ergueu papéis gastos e confrontou a toga e o sórdido silêncio da lei. Luís Gonzaga Pinto da Gama, filho de mãe liberta, vendido ilegalmente e alfabetizado tarde, tornou-se advogado autodidata e genial jornalista. Atravessou o sistema escravista com a lei na mão, libertou mais de quinhentos cativos, tornou-se símbolo de resistência. Hoje, sua voz ainda ecoa: o Brasil que imaginamos precisa reconhecer os heróis que a história oficial quis ocultar.