O gênio esquecido que o Brasil está redescobrindo: Álvaro do Carvalhal, o mestre do grotesco luso-brasileiro

O gênio esquecido que o Brasil está redescobrindo: Álvaro do Carvalhal, o mestre do grotesco luso-brasileiro

Praticamente esquecido do público leitor brasileiro, Álvaro do Carvalhal retorna em edição crítica e anotada que recoloca em cena um escritor que desafiou regras, misturou o grotesco e o gótico e expôs, com intensidade, uma atmosfera de decadência moral por meio de personagens consumidos pelo desejo e pelo medo. Forjado no ambiente intelectual de Coimbra e atento às mudanças culturais de seu tempo, ele renovou debates estéticos e literários ao combinar rigor formal e experimentação — uma trajetória agora iluminada por nova preparação editorial.

O blockbuster caótico que salvou a DC do tédio e ainda debocha da política mundial, no Prime Video Divulgação / Warner Bros

O blockbuster caótico que salvou a DC do tédio e ainda debocha da política mundial, no Prime Video

Há algo deliciosamente subversivo em assistir a um estúdio gigantesco descobrir que, para entreter o público, basta largar o dicionário corporativo e contratar alguém com um mínimo de senso de humor e liberdade criativa. O episódio de demissão e recontratação de James Gunn funcionou como um pequeno colapso nervoso de Hollywood que, por acidente, pariu uma das experiências mais anárquicas já financiadas com tanto dinheiro.

O maior perigo daqui

O maior perigo daqui

O nome científico soa sofisticado, quase elegante. É impressionante como a ciência é capaz de transformar pequenas monstruosidades em algo que parece, no mínimo, respeitável. Se chamássemos o bicho de Toninho, talvez a população tivesse menos medo. Mas com esse nome latino e rebuscado, cheio de consoantes tensas, ele já nasce com aura de vilão.

O faroeste que Tarantino chama de o melhor em cem anos, e você pode ver agora na HBO Max Divulgação / Warner Bros.

O faroeste que Tarantino chama de o melhor em cem anos, e você pode ver agora na HBO Max

“Meu Ódio Será Sua Herança — Versão do Diretor” retoma o faroeste tardio de Sam Peckinpah com fôlego restaurado e senso trágico ampliado. William Holden lidera um bando envelhecido, perseguido por interesses oficiais e recompensas privadas, enquanto Robert Ryan conduz a caça com resignação. A versão do diretor realça pausas e silêncios, aproximando o público de laços de lealdade corroídos pelo avanço tecnológico e econômico. O filme observa a passagem do tempo sem consolo e transforma a última aventura desses homens em inventário de perdas e escolhas.