O livro mais belo e mais injustiçado da história da literatura

O livro mais belo e mais injustiçado da história da literatura

A luz de Los Angeles, feita para enganar, cintila, irônica, sobre Arturo Bandini. Menino de Colorado com sonhos maiores que o estômago e que a carteira, mas menores que seu orgulho. O quarto apertado, papel amarelecido na gaveta e meia dúzia de laranjas entre dentes quebradiços; um sujeito insistindo em ser Joyce sem ter a quem contar. Miséria é uma palavra que ele não conhece, ou se conhece, finge esquecer na esquina seguinte, onde as prostitutas se oferecem com a cumplicidade amarga das notas enviadas pela mãe. Há algo sobre fracasso que ninguém quer ver, algo escondido na pretensão ingênua de uma ambição nunca cumprida.

6 livros com estética à la Sofia Coppola

6 livros com estética à la Sofia Coppola

Ninguém filma o tédio com tanto glamour quanto Sofia Coppola. Em seus mundos saturados de bege, onde moças melancólicas olham pela janela com a firme intenção de não fazer absolutamente nada, a estética é sempre mais forte que a ação. Se os diálogos murmurados, vestidos com rendas e frustrações, pudessem ser literatura, estariam todos empilhados em livrarias com aroma de almíscar.

Se o Goodreads tivesse uma categoria chamada: 10 livros insanamente brilhantes

Se o Goodreads tivesse uma categoria chamada: 10 livros insanamente brilhantes

Dizem que ler transforma, mas ninguém avisou que certos livros iriam remodelar nossa psique como um pedreiro bêbado com diploma em metafísica. Há histórias que não apenas nos tocam, elas nos socam, nos arrastam pela calçada da existência e ainda cobram entrada. E quando a literatura decide flertar com a genialidade insana, o resultado é um buffet de surtos filosóficos, personagens malditos e frases que poderiam ser tatuadas em algum monge existencialista com tendências pirotécnicas.

4 livros que o algoritmo não recomendaria

4 livros que o algoritmo não recomendaria

Quem diria que livros de profundidade tão densa poderiam dançar com leveza na imaginação? Prepare-se para essa travessia literária: uma viagem em quatro etapas que foge dos chamados “algoritmos da vez”, aquelas recomendações previsíveis que insistem em empilhar capas repetidas e narrativas ralinhas. Aqui, mergulharemos em obras que exigem mais do seu tempo, da sua sensibilidade e da sua curiosidade. Não espere clichês, soluções fáceis ou finais enlatados: o passeio é por terrenos raros, intricados, surpreendentes.

7 leituras que substituem uma sessão de terapia (ou te mandam direto pra outra)

7 leituras que substituem uma sessão de terapia (ou te mandam direto pra outra)

Alguns livros não oferecem refúgio. Eles empurram. Escavam lugares onde a dor mora quieta, onde a linguagem tropeça, onde o amor vira ausência ou peso. São romances que não tocam na superfície: penetram. E às vezes, como um terapeuta que se cala na hora exata, apenas nos devolvem a pergunta. Com a força de um sussurro insuportável, essas leituras transformam o leitor em sobrevivente. Não curam — nem prometem. Mas têm o mérito raro de dizer o indizível. Com as palavras que ferem. Com as que faltam.