Se Shakespeare entrasse em uma máquina do tempo: seu maior clássico repaginado está na Netflix
Há algo de paradoxal em “Romeo + Juliet”: é um filme que, ao mesmo tempo em que tenta domesticar Shakespeare para o público adolescente dos anos 1990, parece zombar da própria tentativa. Luhrmann não adapta o texto clássico, ele o explode. Mantém o verso elisabetano intacto, mas o insere em um universo saturado de signos pop, câmeras nervosas e figurinos histriônicos, criando um espetáculo que flerta com o ridículo para revelar justamente o quanto há de ridículo em tratar o amor adolescente como tragédia cósmica.






