Filme com Hillary Swank e Clint Eastwood no Prime Vide vai te desmontar emocionalmente sem pedir licença

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A sala escura sempre teve essa capacidade curiosa de revelar fragilidades que ninguém admite carregar no dia a dia. Em “Menina de Ouro”, o que se impõe primeiro não é a dor, a glória ou o sacrifício, mas a estranha familiaridade de três figuras que orbitam umas às outras como se fossem restos de uma constelação antiga, cada qual carregando uma pequena ruína que se tenta manter em pé a golpes de silêncio. É um relato que recusa sentimentalismos fáceis e, ao mesmo tempo, arranca do espectador uma intimidade desconfortável.

Diane Keaton, Rachel McAdams e Sarah Jessica Parker estrelam comédia que disseca desconfortos familiares na Netflix Divulgação / Major Studio Partners

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Poucas tramas partem de premissas tão simples quanto a de “Tudo em Família”, e justamente por isso exigem do espectador atenção às minúcias do comportamento humano. A chegada de Meredith Morton, interpretada por Sarah Jessica Parker, à casa dos Stone não funciona como mero gatilho para conflitos previsíveis; opera como teste de resistência para um grupo que se acostumou a lidar com suas fraturas internas sem jamais nomeá-las.

Para maratonar: série que satiriza 30 anos de cultura pop é mais inteligente do que parece e está na Netflix Divulgação / Hulu

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A primeira impressão que “Future Man” provoca é a de uma provocação travestida de comédia juvenil: nada ali parece disposto a se levar a sério, e talvez seja justamente essa recusa obstinada à solenidade que libere a série para algo mais interessante que a simples paródia. Em vez de repetir a ladainha nostálgica que tantas produções tentam vender como homenagem, ela prefere esgarçar cada referência até o limite do absurdo, como se testasse a paciência do espectador e, ao mesmo tempo, sua cumplicidade.

Filme coreano com humor amoral e caos político vira a melhor surpresa do ano, na Netflix Divulgação / Netflix

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A primeira impressão diante de “Good News” é a de um jogo cuidadosamente armado para sabotar expectativas. A narrativa começa como se alguém tivesse decidido transformar um episódio tenso da história recente do Japão numa espécie de farsa controlada, e a ousadia dessa escolha funciona porque o filme entende perfeitamente o terreno frágil em que pisa. Há senso de risco, mas também um prazer quase insolente em testar os limites do riso diante de um evento real que, em 1970, poderia ter terminado de forma trágica.

O drama criminal mais afiado de Scorsese está no Prime Video — e conversa com 2025 mais do que nunca Divulgação / Universal Pictures

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A primeira imagem de “Casino” estabelece de imediato a tensão que rege todo o filme: a promessa de controle confrontada com a evidência da desagregação. Essa dissonância orienta a trajetória de Sam “Ace” Rothstein (Robert De Niro), cuja confiança na lógica e no cálculo contrasta com a dinâmica imprevisível que sustenta Las Vegas. Ele acredita que um sistema pode ser conduzido como um mecanismo matemático; a narrativa se encarrega de demonstrar o limite dessa crença.