A arte de ser ácido sulfúrico em meio a tantos docinhos

A arte de ser ácido sulfúrico em meio a tantos docinhos

A verdade é que tenho pecado bastante no quesito docinho. Em meio a tanta gente fofa e despida de maus olhados, embebida de energia positiva e corações no lugar dos olhos, por vezes chuto o balde e me embriago mesmo é de ácido sulfúrico. Não é por mal, veja bem, a marca da bebida é vagabunda, qualquer coisa de segunda linha. Não chacoteio problemas existenciais nem nada de grande monta. As significativas manifestações da psique me fogem do parco alcance.

Os 10 melhores poemas dos últimos 200 anos

Pedimos aos leitores e colaboradores que apontassem, entre poemas conhecidos de autores brasileiros e estrangeiros, quais são, em suas opiniões, os melhores publicados nos últimos 200 anos. Os poemas estão classificados de acordo com o número de votos que obtiveram. O resultado não pretende ser abrangente ou definitivo e corresponde apenas à opinião das pessoas consultadas.

O melhor filme da história recente do cinema

O melhor filme da história recente do cinema

O roteiro complexo, com permanentes digressões entre passado e presente, a excelente interpretação dos atores, a bela fotografia, a trilha sonora comovente assinada pelos compositores Federico Jusid e Emilio Kauderer, o antológico plano-sequência no estádio de futebol. São aspectos técnicos, já amplamente incensados pela crítica, que colocam essa película, com todo o mérito, não só entre as mais sofisticadas produções do cinema latino-americano como entre o que de melhor já se fez na história da cinematografia recente em nível mundial.

Tanto faz

Tanto faz

Quase na entrada da estação do metrô ouço a voz rouca e empostada que desafia a mesmice do início da noite: “A tristeza é a morte do assalto celestial”. No vão central da praça o dono da voz, um mendigo de meia-idade, age como se fosse um imperador romano que enlouqueceu no último ato. Dramático, o soberano dá passos lentos, faz paradas repentinas e, sem ninguém esperar, estufa o peito, ergue o queixo e repete, imponente: “É a morte do assalto celestial!”