Pio Vargas: há 30 anos o Brasil perdeu seu Rimbaud

Pio Vargas: há 30 anos o Brasil perdeu seu Rimbaud

Sua biografia é vaga. São poucas as informações disponíveis. Apenas alguns dados civis e uma coleção de histórias dispersas, contadas em diferentes ocasiões por seus amigos, sempre enfocando seu senso de humor demolidor, raciocínio rápido e língua ferina. O anedotário varguiano é vasto, mas precisa de um biógrafo para organizá-lo, dar-lhe forma orgânica e cronológica. Preencher as lacunas.

Hermann Hesse: o guru dos hippies

O Sul da Alemanha, a partir do século 17 até meados do século 20, era fortemente influenciado pelo pietismo, o maior movimento reformista dentro do protestantismo europeu após a Reforma Protestante. Os pietistas, profundamente crentes, conservadores e intransigentes a tudo quanto era novo, levavam o conteúdo da Bíblia ao pé da letra e eram, por isso, considerados ortodoxos dentro do protestantismo. Foi neste ambiente que, em 2 de julho de 1877, nasceu e passou a sua infância e parte da adolescência Hermann Hesse, o mais lido escritor alemão do século 20.

Utopia da aceitação

Utopia da aceitação

As pessoas não se olham. Janelas permanecem fechadas em uma imensidão de edifícios climatizados e herméticos. Dentro: espelhados em suas telas foscas, brilhos sintéticos destorcem olhares — a vida virtual. Fora: vistas não vistas, paisagens não percorridas — eis o real.