Deus te ama, mas não é burro

Deus te ama, mas não é burro

Não confies em tudo o que lês. Cega as asneiras, pois, elas são várias. Amar varia; odiar, idem. Resta atento, pois, os ineptos bradam com uma confiança acima da média. Não confies em pessoas que nunca dançam. Elas podem te fazer dançar, no pior sentido. Sufoca os gemidos. Dança. Rebola. Chacoalha o quadril como se ele fosse de mola.

A melhor viagem é ficar em casa

A melhor viagem é ficar em casa

Acabaram-se as dúvidas: a religião não é mais o ópio do povo, é o turismo. Se assim for, sou ateu. Viajei muito até os 40 e poucos anos e agora, como ironizava o Millôr, espero que Veneza venha até a minha pessoa e não eu até Veneza. Essa preguiça crônica por deslocamentos, sem dúvida, deu-se por causa de minha última investida a Portugal.

10 páginas do Facebook que todo leitor precisa conhecer

10 páginas do Facebook que todo leitor precisa conhecer

A Bula selecionou as dez melhores páginas do Facebook que se dedicam à literatura. Nelas é possível encontrar conteúdos de qualidade e ficar por dentro de tudo o que acontece no universo dos livros. É importante salientar que na seleção não foram levadas em consideração fanpages de editoras, já que estas se dedicam exclusivamente à divulgação de produtos — o que não era o objetivo em questão.

Hannah Arendt: a filósofa como poeta

A faceta da judia Hannah Arendt filósofa quase militante — dotada de uma coragem intelectual excepcional, mesmo quando enfrentava o reducionismo e o vitimismo do establishment judaico — é por demais conhecida. Nascida em 1906 e falecida em 1975, é frequentemente citada em livros e reportagens e artigos de jornais de todo o mundo tal a vitalidade de suas ideias. Afirma-se que algumas de suas ideias são insight não desenvolvidos — e seu livro clássico, “Origens do Totalitarismo”, mereceu críticas de vários autores, como os judeus Bruno Bettelheim, psicanalista, e Raul Hilberg, historiador. Nos últimos tempos, nos quais dinheiro compra até amor verdadeiro, tem sido mencionada, com constância excessiva, por sua paixão pelo filósofo Martin Heidegger.

Um dia ideal para os peixes-banana

Noventa e sete agentes de publicidade de Nova York estavam hospedados no hotel e, do jeito que vinham monopolizando as linhas interurbanas, a moça do 507 teve de esperar do meio-dia até quase às duas e meia para completar sua ligação. Mas ela tratou de aproveitar bem o tempo.