Ler para esquecer a fome: histórias de leitores em vulnerabilidade extrema
Na borda esquecida do Distrito Federal, onde o concreto esfarela e a fome não pede licença, um grupo de adolescentes encontra refúgio onde ninguém procuraria: nas páginas. Entre muros rachados e ruas sem nome, eles se reúnem para ler como quem respira de novo. Livros usados, palavras emprestadas, pedaços de histórias que servem de abrigo. O mundo ali não melhora, mas por algumas horas, dói menos. Leem para escapar. Leem para lembrar que são. Leem como quem segura um fio invisível no meio do apagão.





