O filme perfeito para encarar a semana está na Netflix (e certamente você não assistiu) Skip Bolen / Netflix

O filme perfeito para encarar a semana está na Netflix (e certamente você não assistiu)

“Power”, dirigido por Ariel Schulman e Henry Joost, mergulha fundo na complexidade da natureza humana, usando o prisma do vício para analisar como os indivíduos podem ser levados a extremos na busca por um sentido maior. Cada escolha, por mais pessoal que seja, reverbera no ambiente ao redor, criando uma cascata de consequências que, muitas vezes, não são totalmente percebidas pelo indivíduo.

Para que servem os comediantes?

Para que servem os comediantes?

Uns dizem que ele foi preso por causa de um trocadilho malsucedido numa piada política, que acabou interpretado como uma menção ao formato da genitália da rainha, e morreu decapitado. Outros, que ele deixou de fazer piadas pra tornar-se agente de comediantes itinerantes por todo o reino, tornando-se milionário e acabando assassinado por um cliente por conta de uma vírgula suspeita num contrato de participação de lucros.

Superprodução caríssima de ficção científica da Netflix não vai deixar você desgrudar seus olhos da tela por 107 minutos Divulgação / Netflix

Superprodução caríssima de ficção científica da Netflix não vai deixar você desgrudar seus olhos da tela por 107 minutos

Nic Mathieu elucida alguns mistérios na relação do gênero humano com aquilo não pode compreender — mas existe — em “Spectral”, ficção científica sobre incertezas deste e de outros mundos, onde também grassam criaturas bravias, sôfregas por usurpar espaços em que não são desejadas. Bebendo da fonte do videogame, essa é uma história que se esmera por reproduzir o sucesso de grandes momentos do cinema, especialmente os que remetem à aventura humana em cenários agrestes e situações hostis, como outros planetas e conflitos bélicos.

A vida de Buda, segundo Jack Kerouac

A vida de Buda, segundo Jack Kerouac

Jack Kerouac é aquele escritor americano de ascendência franco-canadense que compõe a santíssima trindade da “Geração Beat”, ao lado de Allen Ginsberg e Willian Burroughs. As pessoas costumam conhecê-lo por “On the Road”, o calhamaço — percursor da contracultura — em que relata suas aventuras pelos Estados Unidos e pelo México, regadas a jazz, poesia e benzedrina. Confesso que, num primeiro contato com o seu “magnum opus”, fiquei desnorteado. Kerouac descreve a noite nova-iorquina, os concertos de jazz e as figuras humanas interessantes que conheceu pela estrada em períodos muito longos, num estilo que ele chamou de “prosa espontânea”.

Adaptação de clássico da literatura, drama europeu na Netflix é um dos mais vistos da atualidade Bartosz Mrozowski / Netflix

Adaptação de clássico da literatura, drama europeu na Netflix é um dos mais vistos da atualidade

“Amor Esquecido”, a releitura de Michał Gazda para um grande sucesso do cinema polonês, mira incongruências fundamentais do espírito humano a partir de Rafał Wilczur, um renomado cirurgião que parece arrependido dos maus passos que fizeram-no voltar muitas casas no jogo da vida. Aqui, Gazda dedica muito do que é narrado ao personagem central, com Leszek Lichota irreconhecível depois que assume o lado sombrio de Wilczur — manobra que raspa num dramalhão que pode dar para trás num instante.