Os 4 livros que Drummond dizia que cortavam a alma com delicadeza

Os 4 livros que Drummond dizia que cortavam a alma com delicadeza

Há livros que não mudam o mundo, mas deslocam algo dentro de quem os lê. Carlos Drummond de Andrade, avesso a rankings e simplificações, uma vez apontou quatro obras que, segundo ele, cortavam a alma com delicadeza. Não por ferirem, mas por deixarem a carne exposta de um jeito silencioso. Entre autores franceses, americanos e portugueses, sua escolha não revela só gosto literário, mas uma afinação de sensibilidade que ainda provoca eco. Ler esses títulos hoje é escutar um certo tom de mundo que talvez tenhamos esquecido.

O homem que escreveu 1.000 livros e está morrendo esquecido pelo Brasil  Acervo / Ryoki Inoue

O homem que escreveu 1.000 livros e está morrendo esquecido pelo Brasil 

Reconhecido pelo “Guinness World Records” como o autor que mais publicou livros na história, Ryoki Inoue ultrapassou os mil títulos ainda nos anos 1990. Médico por formação, abandonou a profissão para se tornar operário da ficção, escrevendo obsessivamente — muitas vezes três romances em uma única noite. Hoje, aos 79 anos, debilitado por problemas neurológicos, segue escrevendo como pode, em silêncio, com o apoio da esposa e o testemunho amoroso do filho. Esta não é apenas uma história sobre literatura, mas sobre resistência e memória.

Filme com Dwayne Johnson, que estreou esta semana na Netflix, já lidera no Brasil — e alimenta o vício nacional por ação sem pausa Divulgação / New Line Cinema

Filme com Dwayne Johnson, que estreou esta semana na Netflix, já lidera no Brasil — e alimenta o vício nacional por ação sem pausa

Brad Peyton vale-se da imagem bonachona de Johnson para oferecer ao público uma daquelas histórias saborosamente absurdas. Em “Rampage: Destruição Total”, o brutamontes mais querido de Hollywood enfrenta de igual para igual criaturas monstruosas de dez, vinte metros de altura, dentes pontiagudos e escamas repulsivas, numa tentativa desesperada de, adivinhe, salvar o gênero humano. Mas para a tarefa ele pode contar com um reforço de peso.

5 novos filmes que estrearam na HBO Max em julho e merecem entrar na sua lista antes do mês acabar Divulgação / Warner Bros.

5 novos filmes que estrearam na HBO Max em julho e merecem entrar na sua lista antes do mês acabar

Julho não terminou — e talvez o mês ainda guarde algo que valha a pena ser visto. A HBO Max recebeu, em silêncio, uma leva de estreias que escapam da lógica das vitrines gritantes e dos algoritmos impacientes. São filmes que se insinuam devagar, que têm coisa a dizer mesmo quando parecem simples. Alguns revisitados, outros inéditos, mas todos com algum tipo de urgência — moral, emocional, histórica. Se você ainda se pergunta o que assistir antes que o calendário vire, talvez a resposta esteja em olhar com mais calma.

Quando a justiça cabia em 96 páginas: a história esquecida dos bolsilivros de faroeste que o Brasil devorou em silêncio

Quando a justiça cabia em 96 páginas: a história esquecida dos bolsilivros de faroeste que o Brasil devorou em silêncio

No Brasil do século 20, cowboys de papel circularam por bancas, padarias e rodoviárias, levando faroestes impressos às mãos de milhões de leitores. Com capas sensacionalistas, enredos velozes e pseudônimos estrangeiros, os bolsilivros formaram um ecossistema editorial que resistiu por décadas. Eram baratos, descartáveis, e, justamente por isso, fundamentais. Este texto traça um retrato histórico e cultural da era dourada dos bolsilivros de faroeste, quando a justiça cabia em 96 páginas e a literatura se escondia sob nomes inventados e capas gritantes.