O Brasil que consagra também apaga: o gênio que foi comparado a Guimarães Rosa e morreu esquecido
Nascido em 1936, em Raizama, na Chapada dos Guimarães, Ricardo Guilherme Dicke cresceu em Cuiabá como primogênito de sete irmãos. Estudou filosofia no Rio de Janeiro, voltou ao Mato Grosso em 1975 e seguiu carreira discreta como professor, pintor e escritor. Vivia entre a precariedade e a fé na literatura, longe do eixo Rio-São Paulo, sustentando uma obra que refletia dureza e grandeza humanas. Morreu em 2008, praticamente esquecido, deixando um legado que hoje retorna como constelação recuperada pela crítica e pela academia.