A lobista que me amava

A lobista que me amava

Lembro-me bem de como eu sentia uma pontinha de inveja do Augustinho nos tempos de colégio, no final dos anos 70. É que Augustinho era o único pirralho que possuía tênis All Star, motorista particular e guarda-costas. Eu ia a pé pra escola, na guarda do bom e enigmático Deus, do meu irmão mais velho e de um trevo de quatro folhas enfiado à força dentro da carteira (coisas de mãe, vocês sabem).

Os 20 livros mais ‘esquecidos’ em quartos de hotéis

O jornal inglês “The Guardian” publicou uma lista dos principais livros que os hóspedes da rede de hotéis Travelodge — uma das maiores redes hoteleiras do mundo — esqueceram em seus quartos. Um total de 22.648 livros foi abandonado nos últimos 12 meses. A autora de romances eróticos — e escritora com o maior faturamento do ano — E. L. James está no topo da lista: “Cinquenta Tons de Liberdade” é o livro recordista de abandonos. E. L. James aparece três vezes na lista com a trilogia “Cinquenta Tons”, assegurando a primeira posição com 1.209 cópias abandonadas no ano.

Motivos banais para ser feliz

Motivos banais para ser feliz

O senso comum, os livros de auto-ajuda, a maioria das ciências sociais, como a política e a psicologia, e até mesmo as religiões sustentam que o bicho humano tem vocação para ser feliz. Talvez seja essa uma das superstições mais bem disseminadas e sem contestação nos dias de hoje. Na verdade é muito cômodo, simpático e agradável concordar e agir como se todos nós fôssemos dotados do temperamento de ser feliz. Além de que a crença de que podemos alcançar um estado de felicidade na vida nos impulsiona a todos e sustenta a grande indústria do mundo, nos seus aspectos mais vorazes de produção e consumo.

Um exército de hipócritas

Um exército de hipócritas

A grande diferença, talvez, esteja no cinismo. Um racista, por cretino e odioso que seja, é sincero. Oprime sem fazer teatro (quando sim, trata-se apenas de não incorrer em crime e acabar atrás das grades). O mesmo acontece com todos os outros comportamentos xenófobos e covardes de maneira geral. O sentimento é límpido, expresso, nem que seja no gesto francamente. Já com aqueles que apontam o dedo dizendo “reaça!”, acontece justamente o oposto.

O melhor e o pior do Facebook. Ou a vida como ela não é

O melhor e o pior do Facebook. Ou a vida como ela não é

O almoço termina e é hora de dar um passeio. Fazer a digestão. Não na praça, não há mais praças. Ali mesmo, à mesa. É tempo de passear os olhos por sua “linha do tempo”. Cachorro perdido, gente desaparecida, cachoeira, pôr do sol, frase feita, cerveja na praia, piada velha, indireta para ex-namorado, fulana mudou foto do perfil, pose com celular no espelho, Clarice Lispector, Mussum, cachorro desaparecido, gente perdida, “diga não ao preconceito” aqui, “mais amor, por favor” ali, “todos contra a homofobia” acolá.