A jornada real inacreditável retratada em filme da Netflix que pode dar Oscar para Annette Bening Liz Parkinson / Netflix

A jornada real inacreditável retratada em filme da Netflix que pode dar Oscar para Annette Bening

“Nyad” é um filmão. É mesmo. Não apenas porque é longo, o que também é verdade, mas porque Annette Bening e Jodie Foster estão incríveis nele. Dirigido por Jimmy Chin e Elizabeth Chai Vasarhely, o longa-metragem escrito por Julia Cox, com supervisão da própria Diana Nyad, narra a odisseia da nadadora e jornalista esportiva que durou 35 anos e cinco tentativas quase fatais de atravessar o oceano Atlântico a nado, da costa de Havana até a ilha de Key West, Florida, nos Estados Unidos. Mas o principal detalhe não posso ocultar. Ela tinha, quando finalmente concluiu o desafio, 64 anos.

Principal candidato brasileiro à disputa ao Oscar de 2024 está na Netflix Divulgação / Ancine

Principal candidato brasileiro à disputa ao Oscar de 2024 está na Netflix

“Retratos Fantasmas” é pessoal demais para ser racional e viaja em fantasias e superstições, memórias ternas, melancólicas e nostálgicas da capital pernambucana, na qual Mendonça teve a sensibilidade de documentar através de inúmeras imagens ao longo de tantos anos. Tal como Nova York para Woody Allen, Recife se consagra a musa do maior realizador brasileiro da atualidade, mostrando a indissociável simbiose entre a cidade e sua arte.

Emmanuel Carrère: o verdadeiro terror é a falta de sentido

Emmanuel Carrère: o verdadeiro terror é a falta de sentido

Depois que li “Ioga”, de Emmanuel Carrère, dei de cara com três livros dele no sebo. A leitura de “Ioga” foi incentivada por algumas newsletters. Fiquei com a impressão de que todo mundo se derreteu por essa narrativa. Os livros que trouxe pra casa são “Limonov”, “O Reino” e “Outras Vidas que Não a Minha”. Imagino que seja uma boa introdução. Embora esteja na hora de intercalar Emmanuel Carrère. Dar uma pausa antes de encarar os títulos que me esperam. Surfar na onda deste francês é complicado por um desgaste causado na emoção.

Na Netflix, o filme que todos deveriam assistir para acalmar a alma Divulgação / Focus Features

Na Netflix, o filme que todos deveriam assistir para acalmar a alma

“Um Lugar”, dirigido por Robin Wright, emergiu no cenário cinematográfico em 2021, galvanizando o público com a representação profunda de Edee, personagem central cujo mergulho em uma crise pessoal abissal marca o coração da narrativa. O filme, bem-recebido no Festival de Cinema de Sundance, articula um intricado mosaico de conflitos internos e evolução do ser. A protagonista, assoberbada por um passado doloroso, busca refúgio na reclusão, um elemento narrativo que Wright habilmente explora para retratar a luta e o desejo de esquecimento.

Quem parou no tempo? A arte ou a crítica?

Quem parou no tempo? A arte ou a crítica?

Ser crítico de arte nunca foi uma tarefa fácil, dada a subjetividade e a multiplicidade de abordagens possíveis. Uma das funções do crítico é conferir à produção cultural uma narrativa, não necessariamente coesa, mas assimilável e historicizada. O que os críticos renomados chamam de falta de inovação é apenas um deslocamento na lógica de produção que, devido à insensibilidade que por vezes acompanha o avanço da idade (um processo natural), eles não conseguem distinguir do que precedeu.