Como os memes transformaram “O Grito” em retrato do nosso tempo Nick Romanenko/Rutgers University

Como os memes transformaram “O Grito” em retrato do nosso tempo

A internet é um universo fantástico e assustador. Capaz de sepultar reputações, expor intimidades para milhões de desconhecidos e tornar alguém totalmente sem graça em famoso em apenas segundos. Mas a internet também conecta, une, informa, transforma vidas de maneira positiva. Uma das coisas mais incríveis que a internet fez foi colocar a obra “O Grito”, de Edvard Munch, sob os holofotes ao transformá-la em meme.

Stephen: suspense indiano que chega à Netflix e te golpeia sem anestesia Divulgação / JM Production House

Stephen: suspense indiano que chega à Netflix e te golpeia sem anestesia

“Stephen” começa pelo gesto menos comum ao suspense policial: a revelação imediata. Stephen Jebaraj, interpretado por Gomathi Shankar, entra numa delegacia e admite ter matado nove mulheres. Não há perseguição nem mistério de identidade. A engrenagem narrativa se organiza em torno de outra pergunta, mais incômoda e menos confortável: o que produz alguém capaz de transformar violência em método.

Na Netflix: o filme do interrogatório do FBI que recria um caso real de vazamento — e prende só com conversa e silêncio Divulgação / Max

Na Netflix: o filme do interrogatório do FBI que recria um caso real de vazamento — e prende só com conversa e silêncio

Em “Reality”, Tina Satter filma, quase sem ornamento, o registro de um interrogatório do FBI feito na casa da ex-analista Reality Winner, em 2017, na Geórgia. Sydney Sweeney interpreta a jovem enquanto dois agentes, vividos por Josh Hamilton e Marchánt Davis, mantêm um diálogo cordial que esconde pressão crescente. O roteiro usa o texto do áudio oficial integral e deriva da peça “Is This a Room”. Lançado pela HBO em 2023, o filme chegou à Netflix no Brasil em 2025.

A Garota Canhota chegou à Netflix: o drama filmado em iPhones que Taiwan escolheu para o Oscar Divulgação / Cinema Inutile

A Garota Canhota chegou à Netflix: o drama filmado em iPhones que Taiwan escolheu para o Oscar

Em “A Garota Canhota”, estreia solo de Shih-Ching Tsou, uma mãe retorna a Taipei com as duas filhas para abrir uma barraca de comida num mercado noturno. O plano tromba logo com dinheiro curto, expectativas de família e uma superstição antiga que recai sobre a caçula: ser canhota passa a exigir correção e provoca constrangimento. Coescrito com Sean Baker, o filme segue esse trio no atrito com a cidade, com a casa e com o próprio corpo, deixando espaço para o humor quando ele aparece.