Fahrenheit 451: Bradbury, Cioran e a última fagulha na Avenida Paulista

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Numa era em que tudo convida à distração, pensar tornou-se um gesto insubordinado. Este ensaio percorre as camadas de uma distopia elegante, onde o silêncio foi abolido e a memória, dissolvida. Entre personagens que hesitam, lembram, se curvam ou resistem, emerge a suspeita incômoda de que o maior inimigo da consciência não é a repressão violenta — é a renúncia voluntária. Escrito com fulgor crítico e eco filosófico, o texto propõe uma leitura radical do presente, em que esquecer é fácil demais, e lembrar exige coragem. Há livros que ferem. Outros que despertam. E há os que, como este, fazem os dois.

4 livros menos conhecidos de Dostoiévski que você precisa ler

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À sombra dos romances monumentais que fizeram de Dostoiévski um pilar da literatura mundial, existem obras mais discretas que, embora menos badaladas, abrigam uma força emocional e filosófica igualmente arrebatadora. São livros curtos, intensos, repletos de angústia, ternura, loucura e questionamentos existenciais que saltam da página como se exigissem ser ouvidos. Neles, não encontramos heróis — apenas almas dilaceradas, presas em dilemas que ressoam profundamente com os nossos.

O livro que destruiu amizades, casamentos e clubes de leitura inteiros

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Não é o suicídio que “As Virgens Suicidas” tenta explicar, mas o silêncio que o precede — e o desamparo de quem insiste em romantizá-lo. Jeffrey Eugenides não escreve sobre a morte: escreve sobre a ausência de escuta, a fetichização do feminino e a falência emocional de uma sociedade que transforma meninas em mitos antes de deixá-las existir. Nesta crítica, a obra é lida não como enigma, mas como denúncia. Não há consolo, apenas a fricção entre memória, culpa e o que nunca poderá ser compreendido de verdade.

5 livros de Agatha Christie para quem ama um bom mistério

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Se você é do tipo que não resiste a um bom enigma, daqueles que fazem o cérebro trabalhar mais do que café forte em segunda-feira chuvosa, então prepare-se para uma jornada literária digna de lupa e cachimbo (mesmo que só no imaginário). Agatha Christie, a rainha indiscutível do crime literário, tece tramas tão engenhosas que até o mais astuto dos leitores se pega dizendo: “Ah, essa eu não vi chegando!”.

Onde mais se lê no Brasil? O ranking das 26 capitais e o Distrito Federal: de João Pessoa em 1º a Goiânia em último

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O Brasil ainda lê — mas não onde você imagina. A nova edição da pesquisa Retratos da Leitura revela um mapa surpreendente das capitais mais leitoras do país, rompendo com velhos centros de poder cultural. João Pessoa, Curitiba e Manaus lideram um ranking onde a palavra resiste em silêncio, na escola pública, nos bairros periféricos, nas mãos de quem lê por urgência, não por hábito. Ler, em 2024, é um ato íntimo de insistência. E, para muitos, ainda é refúgio.