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Denzel Washington retorna como Robert McCall, um justiceiro enigmático que oscila entre violência calculada e gestos de empatia. Sob a direção de Antoine Fuqua, a trama mescla ação eletrizante e reflexões sobre moralidade, destacando a dualidade do personagem. Embora momentos de brilho surjam, o filme enfrenta desafios ao equilibrar profundidade emocional e espetáculo, criando uma experiência intrigante, mas fragmentada.

No centro da trama está Travis Block, um veterano do FBI que, após uma longa carreira no combate ao crime, descobre estar cercado por interesses escusos dentro da própria agência. A premissa se desdobra com a introdução de uma arma de precisão, um símbolo da busca de Block por justiça em meio à desilusão. A narrativa ganha força ao introduzir Sofia Flores, uma deputada progressista ameaçada por um atentado em Washington. Mel Jarnson, que interpreta Sofia, traz intensidade a uma personagem que evoca figuras reais como Gabrielle Giffords, ex-parlamentar democrata que sobreviveu a um ataque brutal em 2011.

Taron Egerton e Jason Bateman, intérpretes competentes e experientes, conseguem injetar carisma e gravidade em um roteiro repleto de lacunas, mas nem mesmo sua atuação impecável pode mascarar os problemas estruturais. As duas horas de duração acabam evocando a irritação de uma viagem desgastante ao lado de uma criança inquieta que insiste em roubar o seu assento — uma metáfora pertinente para a experiência proporcionada pelo filme.  

Denzel Washington retorna como Robert McCall, um vigilante de moral ambígua, na sequência dirigida por Antoine Fuqua. Alternando entre a serenidade de um amante da literatura e a brutalidade calculada de suas missões, McCall equilibra justiça e redenção em um mundo fragmentado. Com ação estilizada e camadas emocionais, o filme expõe a complexidade de um protagonista que desafia convenções, mas não escapa de suas próprias contradições.