Na sequência de 2019, “Coringa: Delírio a Dois” desafia as expectativas com uma abordagem ousada, abandonando o tom sombrio e realista do original. Todd Phillips mergulha em um musical psicodélico e fragmentado, onde a relação perturbadora entre Arthur Fleck e Lee Quinzel se torna o centro de uma exploração profunda das alucinações e dos efeitos de uma sociedade que celebra figuras problemáticas como símbolos revolucionários.
Em 3 de junho de 2017, agentes do FBI cercaram a casa de Reality Winner, uma veterana da Força Aérea dos Estados Unidos, com um mandado de busca e apreensão de aparelhos eletrônicos, manuscritos, fotografias, documentos e tudo mais que pudesse comprovar que aquela moça de 26 anos incompletos, havia quebrado a confiança que sua nação lhe depositara. “Reality” recapitula esse momento traumático na vida de sua biografada, com tal riqueza de detalhes que o enredo acaba comprometido.
Após os insucessos de “Morbius” e “Madame Web”, a Sony tenta, com “Kraven, o Caçador”, investir novamente em um vilão do Homem-Aranha, propondo uma versão mais brutal e visceral do anti-herói. A presença de um elenco de peso e uma direção conhecida por sua tensão são os destaques, mas falhas em efeitos especiais e diálogos exagerados comprometem o impacto emocional da trama.
Se estivesse certo o existencialismo de pé quebrado de Sartre e Beauvoir e o meio fosse mais importante que a própria natureza humana, Pete Garrison seria o garoto-propaganda perfeito do casal mais pop da filosofia francesa do século 20. Garrison, o protagonista de “Sentinela” interpretado por Michael Douglas, aferra-se a suas dúvidas como um mendigo a um prato de sopa numa noite de inverno e, como resultado, mete-se numa confusão que o arrasta para 108 minutos de perseguições e tiroteios, justamente por obrigar-se a cumprir seu dever.
Em “Bandido”, Josh Duhamel mergulha no papel de Gilbert Galvan Jr., um astuto ladrão de bancos que se reinventa para escapar das garras da justiça, mas não consegue afastar os fantasmas de seu passado. A direção de Allan Ungar transforma o filme em uma investigação psicológica profunda sobre a alma humana, explorando as escolhas do protagonista e sua luta interna entre o crime e a redenção.
