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As marcas da guerra são profundas, mas em “Godzilla Minus One” elas se materializam num monstro implacável. Com uma devastação tão interna quanto externa, o filme de Takashi Yamazaki reinventa o simbolismo de Godzilla. Sete décadas após sua estreia, o lagarto colossal emerge como reflexo brutal de um Japão ferido, onde coragem, culpa e sobrevivência se misturam em uma trama impactante e inesquecível.

À primeira vista, “Transformers: A Era da Extinção” parece apenas mais uma explosão de ação e efeitos especiais. Contudo, sob a superfície dos robôs colossais e batalhas intergalácticas, Michael Bay tece uma crítica ácida às crises humanas contemporâneas. Em um mundo onde avanço tecnológico e ganância andam lado a lado, a destruição parece ser apenas uma questão de tempo. Um deus impiedoso e voraz devora planetas, enquanto os humanos, prisioneiros de sua própria criação, buscam sobrevivência.

Há sempre um elemento de sátira sociopolítica em filmes que denunciam as mazelas do que pode vir a se tornar a vida na Terra num prazo que talvez nem seja assim tão longo, e “Transformers: A Era da Extinção” confirma a tendência. Aqui, Michael Bay vale-se do roteiro de Ehren Kruger e continua a aplicar o que dera certo nos longas anteriores, contando sempre com a afinação do elenco.