Autor: Marcelo Costa

5 livros que ninguém lê, mas todo mundo posta no Instagram

5 livros que ninguém lê, mas todo mundo posta no Instagram

Eles aparecem ao lado de xícaras de café, em prateleiras organizadas por cor, sob luzes amareladas e legendas pensativas. São livros que conferem prestígio instantâneo, que projetam gosto e inteligência — mesmo quando não passam da página 27. Não é que sejam ruins. Longe disso. São complexos, lentos, áridos, às vezes brilhantes. Mas tornaram-se ícones de uma cultura que valoriza mais o registro do que a experiência, mais a vitrine do que a travessia. Alguns merecem ser lidos. Outros, talvez só respeitados de longe.

5 livros que todo homem medíocre recomenda com brilho nos olhos

5 livros que todo homem medíocre recomenda com brilho nos olhos

Há livros que, por razões misteriosas ou modas previsíveis, se tornam símbolos de sabedoria entre homens que mal se atrevem a lê-los com o cuidado necessário. Recomendam com brilho nos olhos, como quem entrega um segredo milenar, quando na verdade ecoam slogans, fórmulas e lições mal digeridas. São títulos que oferecem conforto travestido de profundidade, e prestígio sem a fadiga da reflexão. São os manuais de um pensamento preguiçoso, que finge rebeldia, mas adora moldura.

Os 7 maiores suspenses já escritos — e por que ainda assombram leitores

Os 7 maiores suspenses já escritos — e por que ainda assombram leitores

Sete romances atravessam séculos e estilos para provar que o suspense literário é vasto — inquieta tanto no silêncio psicológico quanto no choque do crime, na dúvida ética ou na ameaça sem rosto. Essas obras exploram a angústia de quem investiga e de quem é investigado, ora mergulhando no abismo da mente, ora na névoa dos labirintos sociais ou históricos. São livros que não se rendem ao previsível: preferem a inquietação ao conforto, o enigma à resposta, a dúvida à ordem estabelecida.

Obra-Prima de Richard Powers, vencedora do Pulitzer, chega ao Brasil

Obra-Prima de Richard Powers, vencedora do Pulitzer, chega ao Brasil

Em “A Trama das Árvores”, Richard Powers destila a melancolia de uma época à beira do colapso e compõe um mosaico de vidas marcadas pela urgência do invisível. Neste romance, a linguagem hesita, como o vento atravessando as copas ancestrais, e propõe um mergulho doloroso na insignificância do humano diante da grandiosidade vegetal. A cada personagem despedaçado pelo tempo ou pela perda, germina a pergunta: o que resta quando tudo o que é sólido começa a apodrecer? Uma obra de impacto sísmico, que reverbera tanto nas fibras do pensamento quanto nos anéis do coração.

Os 7 livros mais chatos da literatura brasileira contemporânea — segundo leitores sinceros

Os 7 livros mais chatos da literatura brasileira contemporânea — segundo leitores sinceros

A literatura brasileira contemporânea já produziu obras sublimes, mas também parágrafos torturantes, personagens insones e tramas que não saem do lugar. Há livros que o leitor termina por teimosia, não por prazer. Alguns resistem até a resumos. Esta é uma homenagem — honesta e sem ressentimento — às leituras que exigiram mais paciência do que entrega. Porque nem todo clássico é uma joia, e nem todo silêncio numa página é um gesto poético. Às vezes, é só tédio mesmo. E tudo bem. Alguém precisava dizer isso em voz alta.