Autor: Marcelo Costa

Goiás tem sua própria Faixa de Gaza: Palestina, Israel e o Irã de Goiás dividem farinha, urânio e poeira

Goiás tem sua própria Faixa de Gaza: Palestina, Israel e o Irã de Goiás dividem farinha, urânio e poeira

No interior profundo de Goiás, três cidades formam um triângulo insólito onde nomes bíblicos e reservas de urânio se entrelaçam: Palestina, Israelândia e Amorinópolis. Entre lavouras de mandioca e promessas de mineração, o cerrado abriga uma geopolítica silenciosa, marcada por rivalidades rurais, pactos improvisados e tensões enterradas — literalmente. Esta reportagem percorre as estradas poeirentas que ligam essas localidades e revela como a coincidência nominal se transforma em metáfora viva de convivência, competição e desejo de protagonismo. Um Oriente Médio em miniatura, com menos pólvora, mas com fartas doses de pó, diplomacia e ambição.

5 livros brasileiros que deviam ser usados como castigo, não como leitura

5 livros brasileiros que deviam ser usados como castigo, não como leitura

Existem livros tão densos — ou tão sinceramente estranhos — que parecem escritos sob encomenda para tortura emocional. Ou para testes de resistência. São obras que desafiam a lógica, a paciência e, às vezes, o bom gosto. Mas que, de algum modo, sobrevivem. E sobrevivem porque há algo ali, entre a pretensão e o devaneio, que nos atrai como abismo. São textos que não pedem empatia: exigem fôlego. E talvez um calmante. Ou uma taça. Porque no fim das contas, não é todo dia que a literatura nos escolhe como alvo.

5 livros de ficção que marcaram 5 lendas do cinema: Hitchcock, Kubrick, Fellini, Nolan e Coppola

5 livros de ficção que marcaram 5 lendas do cinema: Hitchcock, Kubrick, Fellini, Nolan e Coppola

Nem sempre um filme começa com uma câmera. Às vezes, nasce de uma frase lida tarde da noite, de um parágrafo que silenciou mais do que explicou. Diretores como Hitchcock, Kubrick, Fellini, Nolan e Coppola beberam da literatura com a reverência de quem sabe: há ficções que não passam, não se encerram, não se adaptam — apenas germinam, lentamente, em outra linguagem. E quando explodem na tela, é porque, antes, tocaram algo invisível no leitor que eles também foram.

Não se muda sem violência e mudar é uma forma de desaparecer

Não se muda sem violência e mudar é uma forma de desaparecer

Em “Mudar: Método”, Édouard Louis não oferece ao leitor um itinerário de sucesso, mas um testemunho visceral de metamorfose imposta — a construção de uma nova identidade sob o peso das violências de classe, de gênero e de linguagem. Ao retornar ao seu vilarejo de origem, o narrador se vê dividido entre o corpo que forjou e a memória do que foi desfeito. Cada gesto, cada palavra, cada silêncio evidencia a fragilidade do eu reinventado. Não há redenção. O que existe é o esforço contínuo de se tornar legível em um mundo que exige tradução constante de quem ousa escapar do lugar imposto.

5 livros que só os intelectuais de WhatsApp indicam com orgulho

5 livros que só os intelectuais de WhatsApp indicam com orgulho

Há títulos que não são apenas livros. São senhas. Abrem portas em grupos de WhatsApp, reuniões de pauta e perfis com bio minimalista. Ninguém precisa tê-los lido de fato. Basta citá-los no momento certo, com um olhar de leve superioridade e entonação grave. São obras que transmitem prestígio por osmose, como se o simples contato com a capa já aumentasse o QI do ambiente. Esta seleção reúne cinco desses monumentos de cabeceira, reverenciados por quem acredita que o verniz intelectual é, também, um tipo muito refinado de poder.