Em meio às tensões latentes entre Coreias do Sul e do Norte, um agente norte-coreano e um conselheiro sul-coreano veem seus destinos entrelaçados em uma trama de espionagem, conflitos éticos e relações improváveis. Com críticas afiadas a regimes autoritários e democráticos, “Steel Rain” combina ação e drama, evidenciando as complexidades da política e os abismos entre as duas nações irmãs.
O filme nos apresenta Duncan Vizla, interpretado magistralmente por Mads Mikkelsen, um assassino profissional prestes a se aposentar. Diferente de outros protagonistas do gênero, Vizla não está em busca de redenção; ele simplesmente deseja desaparecer. A organização criminosa para a qual trabalhou, liderada pelo sórdido Blut (Matt Lucas), possui uma política cruel: eliminar matadores ao alcançarem os cinquenta anos, evitando custos futuros com aposentadorias e problemas de saúde.
A trama se concentra na parceria entre Hamer e Gault, ambos policiais veteranos que saem da aposentadoria para liderar a perseguição à dupla criminosa. Bonnie e Clyde, conhecidos por uma série de assaltos violentos e assassinatos que incluíram policiais e civis, foram exaltados como heróis populares, especialmente em Dallas, onde o desespero econômico alimentava simpatias pela criminalidade. O filme, no entanto, não cede ao fascínio popular: Bonnie e Clyde são retratados como assassinos implacáveis, cuja história termina tragicamente em 23 de maio de 1934, durante uma emboscada cuidadosamente planejada.
Denis Villeneuve entrega uma narrativa implacável, onde o tráfico de drogas se desdobra como um campo de batalha permeado por lealdades tênues e uma violência que desafia qualquer código ético. Com atuações marcantes de Emily Blunt, Josh Brolin e Benicio Del Toro, o filme explora os limites morais de seus protagonistas em uma missão que ultrapassa fronteiras e convenções, mantendo o público em constante estado de tensão.
A abertura do filme apresenta os acampamentos em Antietam Creek, Maryland, com tomadas amplas que permitem ao espectador imergir no cenário histórico. O roteiro de Kevin Jarre, no entanto, equilibra momentos de introspecção e tensão dramática com diálogos que celebram heróis como Frederick Douglass (1818-1895), ícone do movimento pelos direitos civis, e figuras ficcionais como Thomas Searles (1836-1863), um soldado negro instruído e idealista.
