Autor: Giancarlo Galdino

O documentário mais perturbador da Netflix Divulgação / Netflix

O documentário mais perturbador da Netflix

“Contaminação: A Verdade sobre o que Comemos” vai além da narrativa usual dos documentários. Stephanie Soechtig leva o espectador por um breve passeio pela jornada da humanidade na Terra, para lembrar o historiador israelense Yuval Noah Harari, dentro de um carrinho, onde mais que proteínas, legumes, verduras e frutas, cabem reflexões sobre o destino do cidadão comum nesta quadra do dito progresso.

Prepare-se para se surpreender com o romance épico na Netflix inspirado em clássico da literatura Pascal Chantier / Arte France Cinéma

Prepare-se para se surpreender com o romance épico na Netflix inspirado em clássico da literatura

Livremente inspirado em “Jacques, o Fatalista, e Seu Amo” (1778), romance do iluminista francês Denis Diderot (1713-1784), o francês Emmanuel Mouret discorre sobre uma mulher avant la lettre e avant-garde em “Mademoiselle Vingança”, história ambientada numa época em que ideias como feminismo, empoderamento, liberdade de expressão e autorrespeito não iam além de uma vesana utopia para as mulheres, criaturas plácidas em sua inferioridade social, até que uma não aguenta mais e se rebela.

De perder o fôlego: sequência de uma das franquias de ação mais eletrizantes do cinema está na Netflix George Kraychyk / Paramount Pictures

De perder o fôlego: sequência de uma das franquias de ação mais eletrizantes do cinema está na Netflix

Decerto o grande trunfo de “xXx: Reativado” é o elenco, afinado e afiado, por causa e apesar de Vin Diesel, cômodo e acomodado num personagem de que já tirou até a última gota e que não acrescenta-lhe mais nada, situação bastante parecida com a de alguns outros colegas, malgrado, frise-se, haja gratas surpresas.

Você precisa descobrir hoje essa pérola do cinema europeu na Netflix Rolf Konow / SMPSP

Você precisa descobrir hoje essa pérola do cinema europeu na Netflix

A depender de onde se queira chegar — e de que jeito —, uma origem humilde pode ser um grande obstáculo. Essa é a primeira ideia defendida por “Um Homem de Sorte” (2018), cujos personagens vão entrando numa espiral que mistura aspirações por fortuna e prestígio, de um lado, contra um verdadeiro sistema, organicamente constituído, poderoso e que não tem a menor intenção de ceder espaço a quem quer que seja, do outro. Por que então esses mundos paralelos ousaram se cruzar, afinal? Essa é a pergunta que o filme de Bille August tenta responder.

Você não viu, mas deveria: o faroeste hipnótico da Netflix que te transporta para dentro da história

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Fazendo uma lembrança inteligente a “Crime e Castigo” (1866), do romancista russo Fiódor Dostoiévski (1821-1881), com “Vingança e Castigo”, Jeymes Samuel também alude à noção de resgate da honra por meio do sofrimento, ressaltando-se a visão de mundo fundada no niilismo, tanto em Rodion Românovitch Raskhólnikov, o anti-herói de Dostoiévski, como em Nat Love, não por acaso as duas narrativas ambientadas nos Oitocentos. Cada tempo tem a humanidade que merece.