Autor: Giancarlo Galdino

Em “Believer 2”, Jo Won-ho, o investigador mais abnegado da Coreia do Sul, segue tentando dar alguma solução para a vergonha do tráfico de drogas sem controle em seu país, sem se importar muito com detalhes a exemplo de lei, protocolos, métodos. O diretor Baek Jong-yul, também conhecido como Baik, conserva o arrojo de seu protagonista, capaz de infiltrar-se numa das mais poderosas quadrilhas da Ásia resolvido a desmantelá-la por bem ou por mal, mas encaminha a história para um desfecho mais de acordo com os tempos bárbaros em que vivemos.

“Nosso Amigo Extraordinário” é, por óbvio, uma metáfora sobre as solidões, no plural, mormente depois que tudo quanto fizemos de importante, de belo, de heroico não resistiu à bruma corrosiva do tempo, e restamos nós, procurando conferir algum significado ao que antes era engolido pela rotina. Mas o filme de Marc Turtletaub vai além. O diretor se vale de um argumento fantástico a fim de cutucar no público o admirável monstro da curiosidade, aquele que nos garante que nem tudo está perdido.

Em “Ice Road”, Liam Neeson continua muito confortável num mundinho que domina como poucos. Neeson continua fazendo um filme atrás do outro, ainda hoje, e no longa de Jonathan Hensleigh, para não variar, o astro da franquia “Busca Implacável” e de “A Chamada” (2023), dirigido por Nimród Antal, faz tudo quanto já nos acostumamos a vê-lo fazendo, com a graça de sempre.