Autor: Carlos Willian Leite

Este é o livro mais abandonado do mundo (mas quem termina, nunca esquece)

Este é o livro mais abandonado do mundo (mas quem termina, nunca esquece)

Certos livros não resistem ao próprio tempo: evaporam entre as mãos, por falta de vigor ou urgência. Outros, ao contrário, não se rendem a ninguém — e por isso mesmo, permanecem. “Ardil 22”, de Joseph Heller, pertence a essa segunda espécie rara: uma obra que repele os impacientes, que esgota os voluntariosos, que exige do leitor não apenas atenção, mas entrega plena, quase uma rendição à sua lógica desconcertante.

5 livros fantasmas — os títulos que todo mundo compra, mas quase ninguém lê

5 livros fantasmas — os títulos que todo mundo compra, mas quase ninguém lê

Eles habitam nossas estantes como promessas suspensas, volumes reverenciados que raramente atravessam o território do lido. São títulos comprados por prestígio, presentes por afeto intelectual, empilhados com a intenção sincera — mas adiada — da leitura. Integram listas, aparecem em fotos, sustentam discussões… sem jamais serem abertos além da orelha. Livros que carregam uma aura de importância, densidade e transformação, mas que encontram resistência no tempo apressado, no cansaço mental, na linguagem exigente. Nesta seleção, revelamos obras que todos conhecem — e quase ninguém leu.

Os 25 romances ganhadores do Prêmio Pulitzer no século 21

Os 25 romances ganhadores do Prêmio Pulitzer no século 21

Ao longo do século 21, os romances laureados com o Prêmio Pulitzer de Ficção têm revelado mais do que excelência literária — eles expõem o nervo exposto de uma época em colapso silencioso. São narrativas que atravessam guerras, exílios, traumas domésticos, silêncios cúmplices e sistemas inteiros construídos para apagar. Há anos sem ganhador. Houve, recentemente, um prêmio dividido. E há até obras que nunca chegaram ao leitor brasileiro. Não se trata de canonizar — trata-se de escutar. Porque nessas vozes às vezes duras, às vezes frágeis, a literatura ainda insiste em não desistir do humano.

7 livros cuja escrita é tão bela que dói — e vicia

7 livros cuja escrita é tão bela que dói — e vicia

Alguns livros não apenas encantam — ferem. A escrita é tão precisa, tão íntima, que parece ter sido extraída da nossa própria dor, ainda sem nome. Não é exagero dizer que certas frases ficam conosco por dias, como se nos lesassem com beleza. São obras que não oferecem consolo fácil, mas um abalo necessário. Ler, nesses casos, é aceitar o risco de não sair ileso. E, curiosamente, é isso que vicia: a linguagem que machuca com delicadeza, que perturba com elegância. São livros que atravessam — e não pedem desculpa por isso.

Leitores que sublinham livros vivem mais? A neurociência começa a revelar o que há por trás do hábito

Leitores que sublinham livros vivem mais? A neurociência começa a revelar o que há por trás do hábito

Estudos recentes conduzidos por instituições como Harvard e publicados na “Scientific American” apontam para um dado surpreendente: leitores que sublinham, anotam e interagem fisicamente com livros apresentam melhor desempenho cognitivo ao longo da vida. O simples hábito de marcar uma frase ou escrever à margem pode fortalecer redes neurais, melhorar a memória, retardar o declínio cognitivo e até proteger contra sintomas depressivos. Mais do que um gesto de concentração, o sublinhar se revela como uma forma de presença ativa — um treino contínuo de atenção e significado que, discretamente, ajuda o cérebro a envelhecer com mais saúde, lucidez e sensibilidade.