10 filmes hipnotizantes na Netflix de três diretores geniais:  Scorsese, Tarantino e Christopher Nolan

10 filmes hipnotizantes na Netflix de três diretores geniais: Scorsese, Tarantino e Christopher Nolan

A arte cinematográfica só resiste graças à persistência e ao talento dos milhares de profissionais envolvidos nos bastidores. É possível se pintar um quadro sozinho, se escrever um romance de 1000 páginas sem ajuda, mas e quanto a um filme? Evidentemente uma história não chega à tela grande sem o concurso de muita gente. São técnicos de som, de luz, maquiadores, cabeleireiros, camareiros, eletricistas, motoristas, produtores, roteiristas, atores e, por fim, os tão necessários diretores. O que seria do cinema sem o gênio de seus diretores? Considerado a alma do filme, é o diretor quem responde por toda a equipe, quem apara uma ou outra aresta, quem, muitas vezes, se exalta e dá chilique, sempre visando a extrair o melhor de seus comandados, o que decerto vai se espelhar na trama a que se dedica. Pleno de diretores cujo talento não se compara, a sétima arte tem três representantes à altura de sua importância para a evolução da humanidade. Filho de imigrantes italianos, o veterano Martin Charles Scorsese é o que poderia se classificar como um case de sucesso. Scorsese, ganhador do Oscar de Melhor Diretor por “Os Infiltrados” (2006), é dono de um estilo inconfundível, que se espraia em filmes sempre tensos e longos, mas nunca tediosos, em que muitas vezes retrata os vínculos escusos entre policiais e bandidos e a influência de organizações criminosas como a máfia italiana na formação dos Estados Unidos, como se denota de “O Irlandês” (2019). E se a intenção é polemizar, logo vem à lembrança de cinéfilos de todas as idades, em especial os mais verdes, é verdade, a figura exótica e o seu tanto cinzenta de Quentin Jerome Tarantino. Obcecado desde tenra idade com o cinema e suas histórias maravilhosas, Tarantino é mestre em amalgamar violência (muita violência) e uma trama cheia de reviravoltas dramáticas, primando por despertar no público aquele suspiro, aquele grito sufocado que só quem trabalha muito — e de modo insano — consegue. Recentemente, o diretor andou dizendo que o fim da linha para ele está próximo. Tomara que se espelhe em Scorsese e fique um pouco mais — e tudo indica que o que Tarantino pretendeu mesmo com a declaração foi ganhar um pouquinho mais de confete, haja vista a repercussão fora de controle de produções como “Era Uma Vez Em… Hollywood” (2019) e “Bastardos Inglórios” (2009), em que discorre sobre a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) de um jeito que só mesmo ele poderia. Para fechar a trinca bonito, Christopher Edward Nolan é o típico autor de cinema. Dentre os três, sem sombra de dúvida, Nolan é quem mais pode reivindicar o predicado de diretor cabeça, Truffaut redivivo, e prolífico executor de filmes cujo apuro estético em nada deve à qualidade da pesquisa, profunda, metódica, irretocável. É o que se apreende em “Interestelar” (2014) e “Dunkirk” (2017), em que ele escrutina o resgate de mais de 300 mil soldados aliados no litoral da França, encurralados pelas tropas de Hitler durante a Segunda Guerra. “Dunkirk”, “Bastardos Inglórios”, “O Irlandês” e mais sete produções desses ases do cinema constam da nossa lista de hoje, todas na Netflix, da mais recente para a mais antiga. Os três merecem nosso aplauso em cena aberta.