4 filmes na Netflix que terapeutas indicam para entender a si mesmo Divulgação / Netflix

4 filmes na Netflix que terapeutas indicam para entender a si mesmo

Há filmes que não se limitam à narrativa, ao gênero ou ao entretenimento. Eles se tornam espelhos — às vezes desconfortáveis, quase sempre reveladores. E embora não tenham sido feitos com fins terapêuticos, acabam acessando lugares onde a linguagem racional não alcança. O cinema, nesse sentido, é mais do que arte: é uma ferramenta de escuta, de expressão indireta, de elaboração emocional. E alguns títulos — especialmente quando tratados com a delicadeza da análise terapêutica — ajudam a decifrar silêncios, iluminar contradições, nomear traumas e elaborar perdas.

Na Netflix, em meio ao ruído dos lançamentos e dos algoritmos, há obras que se destacam não por serem populares, mas por sua profundidade afetiva. Elas não trazem fórmulas prontas, nem mensagens reconfortantes. O que oferecem é algo mais sutil: espaço. Para sentir, para duvidar, para lembrar, para se ver em fragmentos — mesmo quando o que se vê incomoda. Não são filmes fáceis. Mas justamente por isso permanecem.

Alguns lidam com maternidades feridas, outros com o luto nu, com o fim do amor ou com a brutalidade dos sistemas. Nenhum deles propõe respostas; todos, porém, sugerem perguntas que demoram a calar. São obras que terapeutas — não raro — indicam, não como prescrição, mas como possibilidade: de refletir, de chorar o que ainda não foi chorado, de tocar partes internas que a vida cotidiana tende a anestesiar.

Assistir a esses filmes não resolve. Mas pode abrir. E, para quem está disposto a escutar o que sente, isso já é começo suficiente.