Os 5 livros mais perigosos que já passaram por mim

Os 5 livros mais perigosos que já passaram por mim

Dizem que a leitura é uma atividade inofensiva, mas eu desconfio profundamente de quem nunca teve a alma demolida por um livro. É fácil amar histórias quando tudo termina bem, os personagens são educados e ninguém tenta sufocar o outro com lembranças de infância ou crimes de guerra. Mas os livros perigosos, esses que fazem você fechar a página e encarar o teto por horas,  têm outra vocação: eles não passam por você, eles ficam. E mais: eles esfregam suas feridas na sua cara como quem diz “agora lide com isso, otário”. Você lê com o coração disparado, meio apaixonado, meio arrependido. E quando termina? Já era: você virou cúmplice.

Há livros que exigem muito pouco: atenção moderada, uma poltrona confortável e uma xícara de chá. Os desta lista, por outro lado, pedem um pacto de sangue. Eles não se importam com seu bem-estar psicológico, não respeitam seus limites emocionais e tampouco pedem desculpas por te fazerem dormir mal. Eles te arrastam por trilhas escorregadias, entre assassinatos, incestos, campos de extermínio e falsificações históricas. São narrativas que não aliviam, não poupam e não têm interesse algum em serem “boas companhias”. E por isso mesmo são brilhantes. Ler essas obras é como cair de um penhasco e elogiar a vista durante a queda.

Ao final, você não fica ileso, mas quem disse que precisava? Os cinco livros a seguir não são para todos os leitores. Eles provocam, instabilizam, corroem as certezas. São tão brilhantes quanto incômodos, tão literariamente sofisticados quanto eticamente inclementes. Eles incomodam porque dizem o indizível, questionam o que a maioria prefere silenciar e fazem isso com uma linguagem implacável, ardente, afiada como lâmina. São livros que você nunca mais vai esquecer, mesmo que queira muito. Se você estiver pronto, prossiga por sua conta e risco. A lista a seguir não é uma recomendação: é um aviso.