7 livros que me ensinaram mais que a faculdade inteira

7 livros que me ensinaram mais que a faculdade inteira

Lá estava eu, cercada por diplomas emoldurados, xerox ilegível de apostilas da graduação e um trauma leve causado por seminários em grupo. A universidade me ensinou muitas coisas: que o datashow nunca funciona na hora da apresentação, que o peixe ao molho do RU não é uma boa ideia e que “copiar a estrutura, mas com suas palavras” é uma arte milenar. Mas depois de alguns anos tentando entender o mundo pelas lentes acadêmicas, descobri que talvez algumas das maiores lições não estavam nos corredores do campus, e sim nas páginas silenciosas de livros que nenhum professor colocou na bibliografia obrigatória, talvez por medo de parecerem… sensíveis demais.

Porque tem livro que te ensina mais do que duas décadas de aula de ética. Tem romance que te mostra o que é empatia com mais eficácia do que dez disciplinas de sociologia. E tem autor que esfrega a verdade na sua cara com a delicadeza de um trator, fazendo você repensar a vida, os boletos, a escolha do curso e aquele TCC sobre “a incomunicabilidade simbólica na obra de Bakhtin” que só serviu pra você decorar a palavra “incomunicabilidade”. Esses livros não têm a pretensão de ensinar nada, o que só os torna mais eficazes. Eles não entregam PowerPoint, entregam catarse.

Foi então que percebi: talvez eu tenha investido quatro anos em um curso que poderia ter sido substituído por uma boa estante e uma garrafa de café. Não que eu esteja sugerindo a abolição do ensino superior (imagina a treta com o sindicato!), mas a verdade é que certas obras me deixaram mais preparada para o mundo do que qualquer aula sobre metodologia científica. A seguir, sete livros que me ensinaram mais que a faculdade inteira, com a vantagem de não exigirem entrega via Moodle, nem aquele colega que some no trabalho em grupo.

Fer Kalaoun

Fer Kalaoun é editora na Revista Bula e repórter especializada em jornalismo cultural, audiovisual e político desde 2014. Estudante de História no Instituto Federal de Goiás (IFG), traz uma perspectiva crítica e contextualizada aos seus textos. Já passou por grandes veículos de comunicação de Goiás, incluindo Rádio CBN, Jornal O Popular, Jornal Opção e Rádio Sagres, onde apresentou o quadro Cinemateca Sagres.