7 séries para maiores de 18 que você pode (e talvez deva) ver na Netflix em 2025 Aline Arruda / Netflix

7 séries para maiores de 18 que você pode (e talvez deva) ver na Netflix em 2025

As séries de televisão têm ocupado papel central no entretenimento, moldando discussões e impactando a forma como nos vemos. Entre os diversos gêneros, são aquelas com enredos para maiores de dezoito anos as que ganham cada vez mais espaço e reconhecimento. As narrativas mais ousadas, complexas e provocativas dessas produções contribuem significativamente para o alcance e consolidação de uma faixa substancial de espectadores sôfrega por consumir diversão instantânea, com destaque para conteúdos violentos e eróticos — o que desafia o estabelecido e amplia os horizontes. Em geral, uma das características que marcam as séries destinadas ao público adulto é a profundidade com que esgrimem temas delicados, malditos para produções voltadas aos mais jovens. Assuntos como política, identidade, saúde do corpo e da mente, sexo, injustiça social, corrupção, morte e luto são abordados de forma direta, sem filtros reducionistas. Isso permite ao espectador uma imersão bem mais detida e transformadora na conjuntura retratada, o que leva a reflexões intensas e duradouras.

A classificação indicativa para maiores de dezoito anos oferece aos criadores um espaço de maior frescor artístico. Com menos restrições quanto ao conteúdo de linguagem, sexualidade ou violência, roteiristas e diretores têm a chance de desenvolver personagens e tramas mais autênticos e nuançados. Tamanha liberdade possibilita diálogos mais de acordo com as múltiplas realidades do indivíduo, um universo tão vasto quanto contraditório, no qual a natureza humana surge sem amarras. Longe de estereótipos ou arquétipos ligeiros, encontram-se figuras ambíguas, com motivações conflituosas e trajetórias imprevisíveis. Nas séries adultas está a vida como ela é, com todos os seus dilemas, falhas, erros e belezas. É o que se comprova nessa lista, com as sete séries para gente grande que têm dado o que falar, a exemplo da italiana “Supersex” (2024), de Francesca Manieri, sobre a vida de Rocco Siffredi, um astro da indústria pornográfica. “Supersex” é sem dúvida a mais picante delas, e apenas uma das opções cada vez mais numerosas num mercado sem medo de polêmica.

Giancarlo Galdino

Depois de sonhos frustrados com uma carreira de correspondente de guerra à Winston Churchill e Ernest Hemingway, Giancarlo Galdino aceitou o limão da vida e por quinze anos trabalhou com o azedume da assessoria de políticos e burocratas em geral. Graduado em jornalismo e com alguns cursos de especialização em cinema na bagagem, desde 1º de junho de 2021, entretanto, consegue valer-se deste espaço para expressar seus conhecimentos sobre filmes, literatura, comportamento e, por que não?, política, tudo mediado por sua grande paixão, a filosofia, a ciência das ciências. Que Deus conserve.