Quebra-cabeça premiado da Netflix vai te obrigar a pensar
Mesmo cheio de morte, “Cities of Last Things” (2018), de Wi Ding-ho, diretor malaio radicado em Taiwan, é uma ode à vida. O quinto longa-metragem de Wi, vencedor do prêmio de Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema de Toronto, no Canadá, é uma história que se vale brilhantemente do conceito de tempo elástico, indo e voltando ao longo da narrativa, reforçando a noção de que a vida, como disse Vinicius de Moraes (1913-1980), é a arte do encontro — embora haja tanto desencontro pela vida, como o Poetinha mesmo continua.