Netflix

Prestando uma homenagem escancarada ao jornalismo old school — o que demandava sujar muito os sapatos, como ensina Gay Talese — e ao próprio cinema, com suas tantas produções de suspense, “Historia de lo Oculto” é um terror à moda antiga, com tudo o que isso pode soar de lisonjeiro. Lançado em 2020, o filme do argentino Cristian Ponce, na Netflix, apresenta hipóteses para explicar a preferência nada racional do público pela narrativa do horror, por meio da popularidade de programas jornalísticos com um pé assumidamente fincado na fantasia. Tudo muda para que tudo permaneça igual.

Se houvesse uma Olimpíada dos Filmes, com certeza as obras dessa lista estariam entre os medalhistas. Nesta seleção, apenas os campeões de crítica e premiação, aclamados por especialistas e ovacionados em festivais. Se você quer ver um filme de qualidade, encontre aqui sua programação.

o falar de tradições religiosas, política e crime, “Maktub” sai do lugar-comum do que se conhece sobre a maior potência do Oriente Médio. Jerusalém, capital de Israel, é uma metrópole como outra qualquer, inclusive com o que a contemporaneidade lhe traz de mais nefasto. Disponível na Netflix, o filme, dirigido por Oded Raz e lançado em 2017, se vale do roteiro de Guy Amir e Hanan Savyon, protagonistas da trama, a fim de contar como passa a ser a vida de dois delinquentes depois de um evento traumático.

Vilões inescrupulosos, sedentos por poder, sangue e dinheiro, sem qualquer compaixão ou empatia. Heróis sofridos, por muitas vezes derrotados, que colocam sua ética e moral acima de qualquer coisa e fazem tudo para vencer com dignidade. Esses padrões podem até ser muito bem definidos e usados no cinema, na televisão e na literatura, mas não nos filmes desta lista, bebê. Rola para baixo para ver essa seleção que prova que nem todo herói precisa ser bonzinho.

Em “Creep 2” (2017), Patrick Brice continua a subverter os tantos clichês do thriller de terror, valendo-se de Mark Duplass, que se tornou um talismã do diretor e um selo de qualidade em seus trabalhos. No filme, à disposição do assinante da Netflix, Duplass segue dando corda à doidice assassina de Josef, que aqui usa a identidade do cinegrafista morto no primeiro longa para atormentar uma nova vítima. Desdobrando uma vasta gama de argumentos, “Creep 2” adverte o público sobre os perigos que podem se esconder por trás de um sujeito bem-apessoado, capaz de disfarçar muito bem suas reais intenções.