O filme mais sangrento e envolvente da Netflix
Mostrando o desvelo de sempre, David Mackenzie entrega um filme brilhante, malgrado o assunto, um tanto espinhoso e obscuro demais para o brasileiro, não desperte a paixão de temas universais como cobiça, consciência social, ruína moral de uma família e a falência do sonho americano, este ubíquo na produção cinematográfica de uns tempos para cá, matéria-prima de “A Qualquer Custo” (2016) e “Encarcerado” (2013). O diretor é um dos mais talentosos em extrair de seu elenco o que julga ser essencial a fim de fazer grande a história que escolheu contar — e aqui episódios aparentemente banais tornam-se pequenos épicos dentro da epopeia-mãe num piscar de olhos.