Livros

Vargas Llosa está morto: e a infantilidade da intelectualidade brasileira quer enterrá-lo

Vargas Llosa está morto: e a infantilidade da intelectualidade brasileira quer enterrá-lo

Morreu o escritor. Mas, no Brasil, parte da reação não foi luto nem leitura — foi histeria. Em vez de refletir sobre a obra, muitos correram a julgar o homem, como se a literatura de um Nobel pudesse ser reduzida a manchetes de rede social. Vargas Llosa incomoda. Não só pelo que escreveu, mas pelo que ousou pensar. E a incapacidade de lidar com essa complexidade revela mais sobre nós do que sobre ele. Este texto é uma defesa da literatura como campo de liberdade — e uma crítica à infantilização do debate cultural.

Juventude sem Deus, de Ödön von Horváth

Juventude sem Deus, de Ödön von Horváth

A força de uma ideia pode mover civilizações — ou destruí-las por dentro. Quando um sistema molda a mente de jovens para acreditar que alguns valem mais que outros, o pensamento vira arma, e a educação vira campo de adestramento. Neste romance brutal e engenhoso, acompanhamos um professor diante de uma juventude formatada pela obediência, pela arrogância e pelo medo. Um crime acontece. Mas a origem está muito antes do ato: está no silêncio, no abandono moral, na normalização da violência como reflexo de uma doutrina.

Mulheres do fim do mundo

Mulheres do fim do mundo

Com linguagem afiada e imagética, a autora constrói uma narrativa que pulsa entre o real e o delírio, convocando o leitor a atravessar dores femininas muitas vezes silenciadas. As personagens caminham por territórios de opressão, mas também de resistência, numa escrita que não pede licença para existir. Há brutalidade, beleza e denúncia no mesmo parágrafo. Cada página é um passo em direção ao abismo — e também à liberdade. O corpo, aqui, é campo de batalha e possibilidade de reinvenção.

Os limites da memória

Os limites da memória

Doze contos breves que gritam no silêncio, em que o não dito fere mais do que o berro. Entre pamonhas, Portinari e paternidades partidas, o cotidiano se revela com ternura áspera e uma violência contida. São histórias em que os gestos não feitos, as palavras caladas e os vazios densos dizem mais do que qualquer diálogo. Cada frase guarda um ruído subterrâneo, como se o silêncio fosse apenas a superfície de algo prestes a explodir. Um livro que ecoa quando tudo parece quieto demais — e é justamente aí que ele nos desarma.

O desafio literário de Oxford: só 1 em cada 1000 acerta 10 sem usar o Google

O desafio literário de Oxford: só 1 em cada 1000 acerta 10 sem usar o Google

A proposta é simples, mas o grau de exigência não permite ilusões: responder corretamente a dez entre cinquenta perguntas sobre obras literárias e autores — sem recorrer ao Google, resumos escolares ou qualquer apoio externo. Segundo estimativas baseadas em testes comparáveis, apenas uma em cada mil pessoas alcança esse feito. Não se trata de erudição decorativa, mas de familiaridade real com a literatura em sua forma mais exigente.