Após os insucessos de “Morbius” e “Madame Web”, a Sony tenta, com “Kraven, o Caçador”, investir novamente em um vilão do Homem-Aranha, propondo uma versão mais brutal e visceral do anti-herói. A presença de um elenco de peso e uma direção conhecida por sua tensão são os destaques, mas falhas em efeitos especiais e diálogos exagerados comprometem o impacto emocional da trama.
Em “O Aprendiz”, Ali Abbasi explora os bastidores da ascensão de Donald Trump, oferecendo uma visão intimista e provocadora sobre o jovem magnata na Nova York dos anos 1970. Mais do que uma cinebiografia, o filme mergulha nas complexas táticas de poder, manipulação e insegurança que sustentaram o império de Trump, com uma narrativa que desafia as convenções e instiga reflexões sobre as forças que moldam a política.
O talento de Lanthimos para extrair desempenhos extraordinários de seus atores encontra em Emma Stone uma colaboração singular. Em “A Favorita”, a atriz surpreendeu com uma performance insolente e audaciosa, rompendo com a imagem mais tradicionalmente associada a seus papéis anteriores em comédias românticas. Em “Pobres Criaturas”, Stone amplia essa versão irreverente de si mesma, entregando uma atuação marcada por humor mordaz e energia contagiante.
Em “Casamentos Cruzados”, Will Ferrell e Reese Witherspoon se reencontram após uma participação conjunta no “Saturday Night Live” para protagonizar uma comédia leve, mas com nuances de reflexão. O filme gira em torno de dois casamentos que marcam um erro logístico: o mesmo local, na mesma data. Em um cenário cômico e familiar, o elenco brilha, mas a trama peca na profundidade emocional, resultando em um entretenimento prazeroso e descontraído.
Com três horas de duração, “Oppenheimer” exige paciência do espectador enquanto constrói sua cadência narrativa. O filme explora o dilema moral e ético de J. Robert Oppenheimer, físico essencial para o desenvolvimento da bomba atômica, cuja invenção resultou na morte de mais de 110 mil pessoas em Hiroshima e Nagasaki. Se, por um lado, a explosão acelerou o fim da Segunda Guerra Mundial, por outro, inaugurou a era da destruição em larga escala e pavimentou o caminho para a Guerra Fria.
