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A comédia romântica turca mais assistida de 2025 já está na Netflix — e você não vai querer sair do sofá Divulgação / Netflix

A comédia romântica turca mais assistida de 2025 já está na Netflix — e você não vai querer sair do sofá

No mundo ideal, amor e dinheiro ocupariam cada qual seu próprio universo, saberiam de sua respectiva importância e jamais atrever-se-iam a invadir a esfera um do outro, justamente por dependerem de coisas distintas para existir. Engin Erden estica o quanto pode essa corda em “Rumo ao Vento”, uma típica comédia romântica turca, na qual a vida é um balão colorido num céu todo azul. O roteiro de Ceylan Naz Baycan dá algumas voltas por belas paisagens para contar a história de um casal improvável, cada qual defendendo seus interesses, até vir a hora do acerto de contas.

Um espetáculo visual inesquecível: filme de Terrence Malick que parece uma poesia imagética, no Prime Video Divulgação / Fox Searchlight Pictures

Um espetáculo visual inesquecível: filme de Terrence Malick que parece uma poesia imagética, no Prime Video

A essência do filme está na tentativa de fazer com que o espectador enxergue sua própria trajetória refletida na saga da família O’Brien. É uma aposta ousada, que se concretiza na harmonia entre o requinte formal e a sutileza narrativa, algo que encontra sua melhor tradução na fotografia de Emmanuel Lubezki. O diretor de fotografia, um mestre em transformar imagens em poesia, constrói enquadramentos que dispensam palavras, conduzindo a experiência de forma quase instintiva. A luz, os ângulos e os movimentos de câmera criam uma conexão visceral com o público, como se cada cena estivesse impressa em nossa própria memória.

A melhor comédia romântica da Netflix: um filme de arte brilhante que resgata o charme e a ironia de Woody Allen Divulgação / Netflix

A melhor comédia romântica da Netflix: um filme de arte brilhante que resgata o charme e a ironia de Woody Allen

Kagiso Lediga reproduz com êxito o modelo do novíssimo cinema sul-africano em “Mais uma Página”, uma genuína comédia de erros shakespeariana que junta amizade, amor, casamento, traição, niilismo e esperança em torno de um grupo de pessoas refinadas, com resultados não muito excepcionais, mas nem por isso desimportantes. Lediga, diretor, roteirista e ator principal, desempenha cada uma dessas funções galhardamente, e talvez seja o Spike Lee africano ou uma Mati Diop de barba, habilitado a conquistar Cannes num futuro não muito longínquo.

Se você ama “Garota Exemplar” vai amar esse outro papel bem similar de Rosamund Pike, na Netflix Divulgação / Netflix

Se você ama “Garota Exemplar” vai amar esse outro papel bem similar de Rosamund Pike, na Netflix

Blakeson tem um histórico de explorar personagens femininas ambíguas, algo evidente desde “O Desaparecimento de Alice Creed” (2009), onde a tensão e os jogos de manipulação tomam o centro da narrativa. Apesar do fracasso comercial desse primeiro longa, o diretor não recuou. Após uma década aprimorando seu olhar, ele retorna com uma história que se mantém dentro do plausível, mas cuja frieza moral certamente incomodaria muitos. Para uma trama assim, uma atriz capaz de transitar entre o carisma e a crueldade era essencial. E ninguém melhor que Rosamund Pike para assumir esse desafio.

100 prêmios depois, este filme argentino segue impossível de ignorar — agora no Max Divulgação / Warner Bros.

100 prêmios depois, este filme argentino segue impossível de ignorar — agora no Max

A rotina esconde pequenas fagulhas que, quando incitadas, podem desencadear explosões irreversíveis. Damián Szifron constrói um retrato feroz da frustração humana em “Relatos Selvagens”, onde seis histórias se entrelaçam pelo estopim da raiva contida. Entre vingança e caos, a lógica se desfaz diante de impulsos incontroláveis, transformando o cotidiano em um campo de batalha onde ninguém sai ileso.