Filmes

Somos um ajuntamento de tudo o que se passa conosco, e dentre essas experiências há, naturalmente, lugar para aqueles momentos em que é mesmo o acaso quem dá a palavra final. Episódios plenos daquela aura de descaminhos que se repelem e se complementam a um só tempo — do mesmo jeito que a vida em si —, definem boa parte de “A Fotografia” (2020), alegoria em que a canadense Stella Meghie dá uma boa medida do quanto de fortuito existe na vida.

Um complexo drama que gira em torno de duas mães que se conhecem na maternidade durante o parto, o filme de Pedro Almodóvar em parceria com a Netflix, pinta as variadas cores da alma humana em busca da felicidade. Janis e Ana são duas mulheres que têm suas vidas transformadas por gravidezes inesperadas. Uma é adolescente e outra tem em torno de 40 anos. Ambas tinham projetos diferentes de vida, mas a maternidade as coloca em outro trajeto e as obriga a fazer escolhas que irão impactar para sempre suas vidas.

Com a poesia possível para um relato de Stephen King, o diretor John Lee Hancock discorre sobre as obsessões de um dos mestres do terror, puxando a brasa para uma sardinha nem sempre contemplada por King. “O Telefone do Sr. Harrigan” (2022) conserva toda a mística das narrativas do autor, mas também envereda por uma senda não menos obscura, heresia semântica que resulta num filme ainda mais perturbador que os muitos inspirados por sua vasta produção.

Se você está fissurado em busca de um filme que realmente valha a pena assistir na Netflix, a Revista Bula traz algumas opções que foram lançadas em 2022. Aproveite seu tempo livre com a melhor programação possível, sem perder tempo. Essas novas produções são as melhores alternativas mais recentes que você irá encontrar na plataforma. Então, pegue essas dicas e boa diversão!

O diretor Edward Zwick enxergou na execução de um homem comum, pela morte das três filhas num incêndio criminoso, o argumento para contar uma grande história. “Justiça em Chamas”, que no título original aproveita a chamada do articulista da “The New Yorker”, martela nessa ideia: o Texas executou um inocente, e o fez por desídia, revanchismo, clamor popular ou outro sentimento que não a observância do ordenamento jurídico ou o piegas amor às leis.