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O ganhador do Oscar 2024 está na Netflix e você pode ainda não ter assistido

O ganhador do Oscar 2024 está na Netflix e você pode ainda não ter assistido

A faculdade de conceber outras terras, outros mundos e, claro, pessoas adequadamente estranhas a fim de os habitar é um valioso predicado artístico que Wes Anderson foi burilando ao longo de quase três décadas de carreira, e em “A Incrível História de Henry Sugar e Outros 3 Contos” o diretor exercita a veia tragicômica sem prejuízo das confabulações que vai erigindo em torno de um personagem bastante peculiar, como ele também dotado de um talento algo metafísico.

O filme digno de Oscar, na Netflix, que vai querer assistir duas vezes Wilson Webb / Alcon Entertainment

O filme digno de Oscar, na Netflix, que vai querer assistir duas vezes

Um homem reza um Pai-Nosso numa floresta tomada de neve e, sem a menor evidência de um latente prurido moral, alveja um cervo: desde a primeira cena, uma bruma de mal-estar paira sob os “Os Suspeitos”, um dos melhores thrillers criminais da última década. Aqui, o diretor vale-se de sutilezas de linguagem, diretamente proporcionais ao trabalho dos atores, um dos maiores trunfos do filme — mesmo que um grande equívoco ameace o resultado final —, para fazer do roteiro de Aaron Guzikowski uma experiência para muito além do fabuloso.

O melhor filme de ação do cinema mundial, nos últimos 5 anos, está na Netflix Divulgação / Lions Gate Films

O melhor filme de ação do cinema mundial, nos últimos 5 anos, está na Netflix

O assassino sob encomenda de Keanu Reeves numa das franquias mais rentáveis já produzidas pelo cinema não perde o fôlego, e “John Wick 3: Parabellum” talvez fosse a oportunidade que o diretor Chad Stahelski, responsável pelos outros três longas da sequência, esperava para aprofundar-se no caráter de eminente ruína moral de seu anti-herói, socorrendo-se para tal de artifícios estéticos de deixar maravilhado o mais desatento dos espectadores.

O filme existencialista da Netflix sobre solidão e autoconhecimento que vai tocar cada pedaço da sua alma Divulgação / Harrison Productions

O filme existencialista da Netflix sobre solidão e autoconhecimento que vai tocar cada pedaço da sua alma

Debra Granik é hábil em retratar adolescentes no bombardeio dos tantos conflitos próprios da idade. Já o havia feito em “Inverno da Alma” (2010), quando revelou o talento assombroso de Jennifer Lawrence, na pele de uma garota que se desdobra para cuidar da mãe, limitada intelectualmente, e dos dois irmãos menores. A produção e Lawrence receberam as devidas indicações ao Oscar de Melhor Filme e Melhor Atriz, em 2011.

O filme mais subestimado da Netflix

O filme mais subestimado da Netflix

“Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta” tem um inegável lado retrô — sobretudo para quarentões que se lembram com carinho e com os travos de amargura naturais que a experiência acrescenta à lembrança —, mas nem por isso deixa de se parecer com uma máquina do tempo em que se também se viaja para frente, vislumbrando-se possibilidades de dias menos sombrios para minorias cada vez mais atentas.