Livros

7 livros que pareciam suaves — até rasgarem algo que você nem sabia que existia

7 livros que pareciam suaves — até rasgarem algo que você nem sabia que existia

Às vezes, um livro nos engana com a delicadeza de quem oferece abrigo — e, sem que percebamos, começa a desfiar as costuras do que julgávamos intacto. Há narrativas que se anunciam com doçura, como uma tarde morna em que nada parece à espreita. Mas então… algo range. Uma frase falha, uma cena muda o ar da sala. E o que parecia seguro, talvez até banal, ganha peso demais para ser ignorado.

7 livros para presentear sua mãe — e fazê-la lembrar que ainda é protagonista da própria história

7 livros para presentear sua mãe — e fazê-la lembrar que ainda é protagonista da própria história

Há mães que esquecem de si. Não por descuido — mas porque, durante anos, foram o esteio, a toalha de mesa estendida, a luz do corredor acesa. Tanta gente passou por elas que, quando se olham no espelho, demoram a se reconhecer. Há algo de silencioso nisso. E de bonito também. Mas o tempo cobra: como se dissesse, com delicadeza, que já é hora de voltar a si mesma. Presentear uma mãe com um livro não é só oferecer páginas. É entregar um espelho. Um sopro.

Mães que amam, babás que sangram — o livro que escancara a culpa contemporânea

Mães que amam, babás que sangram — o livro que escancara a culpa contemporânea

Tudo começa com um corpo. Dois, na verdade. Mas não é o fim — é o início. E talvez essa seja a torção mais cruel deste romance: o horror não vem para concluir nada, ele inaugura. Dali em diante, não lemos para saber o que aconteceu. Lemos para entender por que ninguém viu acontecer. O que Leïla Slimani faz aqui não é exatamente escrever um thriller — embora a tensão escorra pelas páginas com a lentidão cortante de uma faca sem pressa.

Se existe um livro obrigatório para se ler em 2025, é a obra-prima de Tarjei Vesaas

Se existe um livro obrigatório para se ler em 2025, é a obra-prima de Tarjei Vesaas

Uma vila cercada por florestas nuas e lagos que já esqueceram como era ser líquido. Ali, o inverno não é apenas estação — é presença. É cenário, voz e tempo suspenso. Nesse mundo quase imobilizado pelo frio, duas meninas de onze anos se encontram. Uma, Siss, é popular, segura, feita de riso fácil e passos certos. A outra, Unn, recém-chegada, órfã de mãe, é feita de silêncios. Um tipo de silêncio denso, não o da timidez, mas o de quem guarda algo — ou tenta se proteger dele.

Mapa do feminino: o livro escrito há 70 anos que ainda hoje decodifica o que é ser mulher

Mapa do feminino: o livro escrito há 70 anos que ainda hoje decodifica o que é ser mulher

Uma mulher compra um caderno às escondidas — não para receitas ou lembretes, mas para registrar tudo o que jamais pôde dizer. À noite, entre tarefas silenciosas e olhares que a ignoram, ela escreve com urgência, como quem reaprende a respirar. Cada palavra é um risco, uma ruptura, um retorno. Não deseja libertar-se do mundo, mas simplesmente existir nele sem desaparecer. Aos poucos, percebe o quanto se apagou para caber. E talvez escrever seja sua única forma de voltar a si.